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Economia

Com moedas estrangeiras valorizadas, quem vai ao exterior viajar está em apuros?

Especialistas dizem que principais moedas estrangeiras devem seguir valorizadas, mas recomendam comprar aos poucos


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Imagem ilustrativa da imagem Com moedas estrangeiras valorizadas, quem vai ao exterior viajar está em apuros?
José Márcio explicou sobre estratégias para economizar no turismo |  Foto: Beto Morais — 01/04/2019

Estudo recente do Sebrae mostrou que o maior sonho dos brasileiros é viajar. Mas a possibilidade de ir para o exterior em cenário onde a moeda brasileira tem perdido valor perante ao dólar e ao euro tem criado receio entre viajantes.

O economista José Márcio de Barros aponta que a eleição de Trump para presidente nos Estados Unidos e a indefinição do governo federal brasileiro quanto à criação de um pacote de corte de gastos públicos são fatores que estão afetando a cotação do real perante a moedas mais fortes, e que por isso, quem ainda não comprou passagens, talvez deva esperar ao menos mais uma semana.

Segundo a líder do comitê de economia do Ibef-ES, Flávia Rapozo, a tendência é de que o dólar continue em alta no ano que vem, mesmo com eventual cenário favorável nos movimentos do governo federal. Ela recomenda que a compra de moeda estrangeira não seja feita no último momento, e nem de uma vez só.

“O câmbio deve seguir desafiador em 2025. Então, quem já está de viagem marcada, deve, ao meu ver, comprar moeda de forma gradual. Assim, poderá acompanhar o cenário e verificar possíveis quedas, suavizando o impacto das flutuações cambiais”.

Já para o economista Jorge D'ambrósio, uma forma de economizar é trocando os hotéis por aluguel de hospedagem em plataformas on-line. “Mas da mesma forma que vai pagar menos, poderá ter menos conforto e comodidade do que em um hotel. É uma questão de verificar qual é a prioridade da família naquele momento”, observa.

O economista Eduardo Araújo acrescentam que, apesar do cenário instável do real ante moedas norte-americana e europeia, ainda há destinos vantajosos do ponto de vista do custo-benefício.

“Na América do Sul, Argentina, Bolívia e Colômbia ainda oferecem preços acessíveis, com hospedagem e alimentação barata para brasileiros. Na Ásia, Vietnã e Tailândia são famosos por proporcionarem experiências culturais a custos mais baixos”, diz Eduardo Araújo.

SAIBA MAIS

Segunda maior alta

A indefinição sobre o corte de gastos e um cenário externo incerto levaram o dólar aos maiores valores nominal da história, atrás apenas do período da pandemia.

Além do dólar turismo estar mais caro, os pacotes de viagens também podem sofrer reajustes. O aumento no valor do combustível de aviação — comercializado em dólar —, também pode encarecer passagens aéreas internacionais e nacionais.

Recomendações

Economistas avaliam que, quem ainda não comprou passagens para viajar, que aguarde a resolução de algumas indefinições atuais e o pacote de corte de gastos públicos prometido pelo governo federal.

Já a quem está de viagem marcada, a recomendação é não correr riscos: comprar moeda estrangeira de forma gradual para suavizar as flutuações cambiais, e avaliar os prós e contras de uma reserva em hotel para os de um aluguel imóveis em plataformas on-line.

Custo-benefício

Economistas também avaliam que, num momento de incerteza sobre o dólar e o euro, destinos alternativos, como países da América do Sul e a Ásia, podem ser uma opção.

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