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Economia

Carro popular só com juro e imposto menores, avaliam especialistas

Lula disse que governo estuda medidas para reduzir preços, e os especialistas e o setor de revendas dizem o que daria certo


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Imagem ilustrativa da imagem Carro popular só com juro e imposto menores, avaliam especialistas
José Francisco da Costa disse que itens de tecnologia, segurança e outros componentes fazem preço subir |  Foto: Divulgação

Carro popular de volta com preço acessível, como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), requer redução nos impostos e nos juros. É o que dizem especialistas e empresários do setor de revendas.  

Lula criticou nesta semana o preço dos carros chamados de “populares” brasileiros, que chega a  R$ 90 mil, e disse que o governo pretende tomar  medidas para oferecer opções mais acessíveis aos consumidores e melhores condições de pagamento.

Os tributos para veículos nacionais variam de 30% a 48,6%. Já os importados são taxados com alíquotas maiores, entre 60,6% e 78,6%, segundo o advogado tributarista, Samir Nemer, para quem reduzir a carga tributária sobre a indústria automobilística nacional, além de aumentar a competitividade do setor, possibilita maior acesso das pessoas aos veículos. 

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“A carga tributária incidente sobre a indústria automotiva no Brasil é bastante elevada. Como se não bastasse, parcela considerável destes tributos incide em efeito cascata, ou seja, tributos sobre tributos incidentes ao longo da cadeia produtiva e de distribuição dos veículos”, frisou. 

Isso significa, explicou Nemer, que um mesmo imposto pode ser cobrado em duas ou mais etapas, desde a confecção das autopeças, montagem do veículo, transporte e na venda no varejo, na concessionária. 

Uma solução para essa questão seria uma reforma tributária bem realizada. 

O contexto pós-pandemia, de maior inflação, crédito mais caro com altas taxas de juros, faz com que os carros se tornem inacessíveis para a imensa maioria dos brasileiros, segundo o diretor executivo do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives), José Francisco Costa.

“Atualmente, temos uma produção de 2,2 milhões de carros. Os itens de tecnologia, segurança e outros componentes fazem com que os carros fiquem mais caros”, disse o empresário.  

Segundo ele, seria interessante o governo incentivar a redução de impostos, fazer  campanha para renovação de frota, reduzir os juros e possibilitar facilidade no crédito: “Assim, voltam os carros populares, que correspondem a 50% das vendas no País”, afirmou.

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