Aumento da renda pode estar indo para “tigrinho”
Gabriel Galípolo comentou que o aumento da renda no País não tem se traduzido em alta do consumo ou da poupança das famílias
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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que as instituições financeiras brasileiras têm preocupação manifestada com o aumento das transações em plataformas de criptoativos e com sites de apostas.
Ele comentou que o aumento da renda no País não tem se traduzido em alta do consumo ou da poupança das famílias, o que poderia sugerir, na visão dele, que o direcionamento de recursos de consumidores pode estar indo para as plataformas de jogos on-line, como os sites de apostas.
“Parece anedótica a evolução das despesas com as apostas . Mas os grandes bancos trouxeram essa análise de que o crescimento da renda talvez possa estar vazando para esse tipo de atividade. Os valores que foram apresentados têm volume grande demonstrado”.
O diretor do BC, visto como provável sucessor do atual presidente Roberto Campos Neto, ainda destacou a “opacidade” do alto interesse por stablecoins no Brasil, que são criptomoedas com valor vinculado a alguma moeda estável, como o dólar,
“Pode ser para as pessoas terem acesso a uma conta em dólar ou pode ser para especulação”.
Galípolo destacou a importância da tecnologia para o sistema financeiro brasileiro. Ele deu como exemplo o fato de, mesmo com redução de quase 30% do quadro funcional por causa de aposentadorias, o Banco Central vem apresentando ganhos de produtividade, buscando ser um símbolo de inovação.
Nesse sentido, ele citou os resultados obtidos com a ampla adoção do Pix, usado pela maioria dos brasileiros. “A sociedade brasileira tem essa coisa bem curiosa que a gente tem que resolver problemas de infraestrutura, como o saneamento, mobilidade, mas simultaneamente, a gente consegue produzir casos mais exitosos em infraestrutura pública digital.
Empresas em risco de ir à falência
Em risco de falência, empresas culpam jogos por queda nas vendas. Um dos exemplos é a SideWalk que aponta calor e apostas como fatores para crise e recuperação judicial, cujo pedido foi protocolado no último dia 5.
A marca de roupas e calçados SideWalk citou em seu pedido de recuperação judicial a evolução das tecnologias, como temperaturas mais quentes e até a popularização de sites de apostas esportivas, chamados de apostas, como fatores que levaram à crise nas empresas do grupo.
O documento, segundo a Folha de São Paulo, aponta uma mudança no perfil do consumidor ao longo dos últimos anos, ocasionada, entre outros fatores, por plataformas de apostas, diz o pedido de recuperação judicial.
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