X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Alteração no Simples pode provocar o fechamento de 5.520 bares no Estado

Restaurantes estão entre os negócios que temem ter de fechar as portas por perderem o enquadramento no Simples Nacional


Agravada pela crise imposta pela pandemia, a situação de bares e restaurantes, um dos setores mais afetados, é delicada. Com dívidas, donos de estabelecimentos correm risco de fechar as portas por conta da possível exclusão da categoria do Simples Nacional, o que pode levar 5.520 empresas a encerrar atividades.

O Simples é um regime de tributação que junta oito impostos municipais, estaduais e federais em uma única guia e ainda prevê descontos, viabilizando negócios.

Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 46% dos bares e restaurantes estão em atraso com os pagamentos e 84% deles temem ser desenquadrados do regime por conta disso, situação que é replicada no Espírito Santo também.

O presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares do Estado (Sindbares), Rodrigo Vervloet, disse que na pandemia os donos de estabelecimentos priorizaram o pagamento de funcionários, atrasando o pagamento do Simples.

Imagem ilustrativa da imagem Alteração no Simples pode provocar o fechamento de 5.520 bares no Estado
Vervloet disse que 30% dos empresários do setor tentam negociar com o governo, a fim de evitar mil demissões |  Foto: Divulgação

“É mais um reflexo da pandemia essa situação. É um setor que tem muitos funcionários. Os empresários priorizam o pagamento de salários e acabam deixando para pagar tributos depois”, explicou Vervloet.

O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, defendeu a aprovação rápida do Refis (programa do governo para regularização de dívidas tributárias com descontos), porque caso as empresas saiam do Simples, elas terão uma carga muito maior de impostos a pagar, além do que já está atrasado.

Segundo Solmucci, a não aprovação do Refis causaria uma grande insolvência no setor porque 35% das empresas já estão operando no prejuízo e outras 35% no equilíbrio. “Essas que estão no equilíbrio vão todas cair no prejuízo, dois terços das empresas em situação de prejuízo é obviamente uma coisa que não se sustenta”.

De acordo com o presidente do Sindbares, o setor é formado em sua maioria por micro e pequenas empresas, e o desenquadramento ao Simples é fatal. “A expectativa pelo Refis é alta. Cerca de 30% do setor está aguardando o Refis para poder negociar e não sair do Simples. Caso isso não aconteça, cerca de mil empregos formais correm risco”, disse Rodrigo Vervloet.

A pesquisa da Abrasel mostra que a situação melhorou em relação ao resto do ano, mas o setor ainda vê dificuldades. Dos empresários ouvidos, 39% terão dificuldade de pagar o 13º e 22% dos que pegaram empréstimos, estão com o pagamento atrasado.

Prazo de até 15 anos para 128 mil

Aguardada pelas empresas em geral, podendo salvar mais de 5 mil bares e restaurantes do Estado de fechar as portas, a renegociação de dívidas com a União para empresas que se enquadram no Simples Nacional (Refis) está perto de se tornar realidade.

O Congresso aprovou o projeto que permite a renegociação. O programa de parcelamento para empreendedores individuais, micro e pequenas empresas, tem potencial para renegociar R$ 50 bilhões em dívidas.

Pela proposta, aqueles que aderirem ao Refis terão de pagar uma entrada, que pode ser parcelada em até oito vezes, e quitar o restante da dívida em até 180 meses (15 anos) com descontos proporcionais ao tamanho da queda do faturamento.

No Estado, o número de empresas que precisam negociar as dívidas chega a 128.031. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), quem está com a situação cadastral suspensa, ou seja, com dívidas, basta fazer o pagamento, e volta a ficar regularizado.

No entanto, para aquelas empresas que têm uma dívida maior, o proprietário pode procurar a Receita. Com a lei aprovada agora, o período para ficar em dia com os débitos foi aumentada. O projeto, relatado pelo deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), será encaminhado para sanção presidencial.

Imagem ilustrativa da imagem Alteração no Simples pode provocar o fechamento de 5.520 bares no Estado
Marco Bertaiolli foi relator da proposta que cria o Refis das pequenas |  Foto: Divulgação

O projeto deve permitir a renegociação de cerca de R$ 50 bilhões em dívidas com o Fisco e beneficia os microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas – todos enquadrados no regime de tributação do Simples – por meio do Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp).

O “tamanho” da entrada varia entre 1% e 12,5% do valor da dívida. Já os descontos serão concedidos de acordo com a queda do faturamento: quanto maior essa redução, maior será o desconto.

O projeto estabelece um escalonamento para empresas que não tiveram redução do faturamento até as que perderam mais de 80% dos ganhos. Os descontos variam entre 65% a 90% para o valor da multa e juros de mora e de 75% a 100% para os encargos legais.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, diz que o projeto de refinanciamento aprovado cria uma isonomia para os empreendedores neste momento de retomada.


SAIBA MAIS


Renegociação de R$ 50 bilhões em débitos

  • A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que permite a renegociação de dívidas para empresas que se enquadram no Simples.
  • Pela proposta, aqueles que aderirem ao refinanciamento terão de pagar uma entrada, que pode ser parcelada em até oito vezes, e quitar o restante da dívida em até 180 meses (15 anos) com descontos proporcionais ao tamanho da queda do faturamento.

Falta sanção do presidente Bolsonaro

  • O programa de parcelamento para empreendedores individuais, micro e pequenas empresas, tem potencial para renegociar R$ 50 bilhões em dívidas.
  • O projeto já havia sido aprovado no Senado e será encaminhado para sanção presidencial.

Pequenas empresas beneficiadas

  • O projeto aprovado deve permitir a renegociação de dívidas com o Fisco e beneficia os microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas – todos enquadrados no regime de tributação do Simples – por meio do Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp).

Fonte: Câmara dos Deputados.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: