Diabetes gestacional preocupa especialistas
A gravidez tardia é considerada um fenômeno mundial. Na última década, o número de mulheres que engravidaram após os 35 anos – idade a partir da qual os médicos consideram como gravidez tardia – cresceu 84% no País.
Os partos de mulheres acima de 40 anos já representam de 2% a 5% do total, segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), do Ministério da Saúde.
Contudo, a gravidez tardia requer cuidados especiais como aponta o ginecologista Olímpio Moraes Filho, presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
“Todas as mulheres que desejam engravidar devem procurar o obstetra para ter uma consulta preconcepção (antes de engravidar) com objetivo de rastrear e tratar doenças e outras condições que coloquem em risco a gravidez, como por exemplo, hipertensão, doenças da tireoide, síndromes metabólicas, diabetes e tantas outras que são mais prevalentes com o avanço da idade”.
O diabetes gestacional é uma das principais patologias que acometem mulheres que optam ou vivenciam uma gestação tardia.
“Isso ocorre porque durante a gravidez, para que não aconteça o diabetes, o organismo materno tem que produzir duas a três vezes mais insulina. Depois de 35 anos, muitas vezes, o organismo materno não consegue produzir esse aumento de insulina, acarretando o diabetes gestacional, que é um tipo de diabetes que aparece durante a gravidez e geralmente desaparece no puerpério”, aponta Moraes.