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Crítica

Dia Cinematográfico da Mulher


Ano passado, o Festival de Toronto aplaudiu “Radioactive”, a cinebiografia de Marie Currie, primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel (isso em 1903), feito que repetiu 8 anos depois. Adaptado do livro Radioactive: Marie & Pierre Curie: A tale of love and fallout, de Lauren Redniss; o filme, que lamentavelmente ainda não foi lançado no Brasil, poderia ser hoje extremamente relevante para o dia internacional da Mulher já que Madame Currie foi responsável por importantes descobertas que levaram ao estudo da radioatividade.

Imagem ilustrativa da imagem Dia Cinematográfico da Mulher
Filme "Radioactive" |  Foto: Reprodução Youtube

O cinema sempre soube fazer justiça ao contar a história de mulheres que alcançaram grandes feitos, conquistas que deram visibilidade ao sexo que nunca foi frágil, mas sábio, digno, e ainda que injustiçado pelo peso de uma sociedade patriarcal, tem hoje um espaço maior de respeito. Ecos do movimento #metoo estão por toda parte, herdeiras de uma luta travada ao longo das eras, como as sufragistas que lutavam pelo direito de votar já no século XIX, e que se repetiu no Brasil nas décadas de 20 e 30.

A atriz Jane Fonda, constantemente presa por protestos contra a administração Trump, já defendia causas nobres desde a época da Guerra do Vietnã (1955-1975). Persona non grata durante o governo Nixon (1969-1974), Jane sempre usou de seu prestígio e talento para se erguer contra a injustiça, e seu ativismo vem de uma coragem visceral que desafia os limites impostos por direitistas radicais.

Estar à frente de seu tempo e quebrar convenções foram constantes na vida de várias mulheres. Cleopatra governou o Egito, a deusa Hera era temida até mesmo por Zeus, a rainha Vitoria fez do Reino Unido um símbolo de modernidade, mas mesmo estas, entre outras, não resumem a riqueza e os avanços que tivemos graças ao espírito feminino. Quando a jornalista norte-americana Gloria Steinem lançou a icônica revista MS, primeira publicação voltada ao público feminino escrita e dirigida por mulheres, em plena década de 70, estampou na capa a “Mulher Maravilha”, criação do psicólogo William Marston, que acreditava no liberarismo e na superioridade das mulheres.

A chama desse espírito levou recentemente o magnata Harvey Weinstein à condenação por crimes de assédio e estupro que vitimaram várias atrizes, entre elas a talentosa Mira Sorvino que em 1996 ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Poderosa Afrodite”, mas teve a carreira destruída pela influência de Weinstein. Casos lamentáveis como esse se multiplicam e, nem sempre com a condenação do culpado.

A vitória contra Weinstein ainda assim é muito significativa em uma indústria como a cinematográfica que criou diversas Afrodites como Marilyn Monroe, Rita Hayworth, Ava Gardner, e outras que escondiam abusos sofridos em meio ao glamour que ostentaram, como um preço amargo que tiveram que pagar por terem sido mulheres lindas e talentosas. Mas todo o hedonismo inerente esconde o quanto as mulheres podem oferecer um valor ainda maior.

Mary Shelley alcançou a notoriedade literária muito além de sua vida quando escreveu “Frankenstein” em 1818 e superou em muito seu marido, o poeta Percy Shelley. Sua vida foi retratada em um belo filme, que levou seu nome, lançado em 2018 e vivida por Elle Fanning. Frida é hoje uma figura pop, celebrada e reconhecida mundialmente, tendo ganhado as telas do cinema em 2002 na pele da excelente Salma Hayek.

A escritora britânica Agatha Christie tornou-se a rainha do crime, e uma das escritoras mais lidas no mundo até hoje, mais de 40 anos depois de sua morte. Elas romperam preconceitos, viveram muito à frente de seu próprio tempo e tornaram-se um exemplo, uma inspiração que faz com que hoje o cinema tenha maior representatividade sejam atrizes, diretoras, compositoras e outras. Nenhuma atriz foi tão indicada ao Oscar quanto Meryl Streap, nossa Fernanda Montenegro ganhou incontáveis prêmios e honrarias em sua carreira, Gloria Pires brilha a cada trabalho realizado na Tv ou no cinema, recentemente tivemos a cinebiografia de Hebe com Andreia Beltrão que incorporou uma das grandes damas de nosso cenário artístico.

No dia internacional da mulher lembremos que apesar das conquistas ainda há muita estrada a percorrer para que mulheres possam ter seu valor mais reconhecido, sem jamais estar abaixo do homem, mas junto deste, como a outra metade de um todo chamado raça humana. Heroinas super poderosas, princesas capazes de congelar tudo, ou guerreiras como Mulan, que chega aos nossos cinemas em versão live action ainda esse mês, elas vêm para nos mostrar o quanto precisamos reconhecer, defender e celebrar a gloria e a honra de Gaia, a mãe terra da mitologia grega.
 

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