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Regina Navarro Lins

Conhece alguém que nunca viveu uma grande paixão?


Você conhece alguém que nunca se apaixonou? É raro. Nós todos aprendemos, desde cedo, a desejar viver uma paixão. Mas é um sentimento tão forte e invasivo, que pode levar a pessoa a ignorar suas obrigações cotidianas, além de induzi-la a fazer sacrifícios e a tomar decisões radicais. Por essa razão, e por ter no ardor sexual um forte componente, a paixão sempre foi considerada perigosa do ponto de vista da ordem e do dever social.

Um rei apaixonado
O rei Edward VIII, da Inglaterra, se apaixonou por Wallis Simpson, plebeia, americana e divorciada. Decidiu que iria se casar com ela. O governo ameaçou renunciar e, em dezembro de 1936, Edward se viu forçado a abandonar o trono. Essa história foi apresentada à opinião pública como um conto de fadas.

Perdas e danos
Stephen Flemming é um dos líderes do parlamento inglês, com reputação intocável e comportamento familiar exemplar. Isto até se apaixonar pela noiva do filho, Anna. Os dois começam um relacionamento, mas Anna não está disposta a abrir mão do noivo.
Stephen então altera sua rotina para estar com ela em seus encontros furtivos. Eles sabem o quanto este relacionamento pode abalar as pessoas que amam e destruir suas vidas, mas a paixão é mais forte que a razão. Esta é a sinopse do filme Perdas e Danos, de Louis Malle.

Incerteza
O filósofo francês Pascal Bruckner diz: “Apaixonar-se por alguém é dar permissão a essa pessoa para uma mistificação consentida. A cristalização de nossos desejos num indivíduo específico significa que o descobrimos tanto quanto o inventamos, correndo o risco de “dourá-lo” nesse percurso.
Os mais perfeitos embustes se valem sempre das linguagens do entusiasmo e da devoção. Mesmo que o outro esteja sendo sincero no momento em que declara sua paixão, nada garante que manterá sua palavra, pois assim como eu, não tem o controle das próprias emoções.”

Paixão e sofrimento
“A palavra paixão significa sofrimento. O desejo e o sofrimento fazem com que todos se sintam vivos, proporcionando um frisson e muitas surpresas. Necessita-se do outro, não como ele é no real, mas como instrumento que torna possível viver uma paixão ardente. Somos envolvidos por um sentimento tão intenso que por ele ansiamos, apesar de nos fazer sofrer. Os apaixonados não precisam da presença do outro, mas da sua ausência”, diz Denis de Rougemont, um dos maiores estudiosos do amor no Ocidente.


18 meses a três anos
Em meados da década de 1960, a psicóloga americana Doroty Tennov já havia chegado à conclusão de que a duração média de uma paixão é de 18 meses a três anos.
Suspeita-se que seu término também se deva à fisiologia cerebral; o cérebro não suportaria manter eternamente essa excitação.

Novos músculos
A cineasta canadense Bonnie Kreps diz: “Deixar o hábito de 'apaixonar-se loucamente' para a novidade de entrar num tipo de amor sem projeções e idealizações também tem sua própria excitação. A sensação geral é a de começar a utilizar novos músculos, que sempre tivemos, mas nunca usamos por causa de nosso modo de vida; e, ao começar a utilizá-los, podemos fazer com nosso corpo coisas que nunca conseguimos. Os músculos psicológicos também existem e devemos olhar através da camuflagem do mito do amor romântico a fim de encontrá-los — e, então, ver com que se parecerá o amor quando mais pessoas começarem a flexioná-los.”

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