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Regina Navarro Lins

Briga de casal


Devido ao descompasso entre o que se esperava da vida a dois e a realidade, as frustrações vão se acumulando e, de forma inconsciente, gerando ódio. Mas até chegar a esse ponto, o casal se esforça para manter a fantasia do par amoroso idealizado.

Concessões... e mais concessões

Os casais toleram demais um ao outro, fazendo inúmeras concessões, abrindo mão de coisas importantes, acreditando que é necessário ceder. Como nem sempre isso traz satisfação, eles se cobram e se criticam e se acusam.
As brigas se sucedem. Para Virginia Sapir, famosa terapeuta familiar americana, por causa da sensação de fracasso, o que mais se vê no casamento são sentimentos de desprezo e de desvalorização, de um para o outro, e de cada um por si.
Dependendo do casal, as acusações podem se renovar ou ser as mesmas, sempre repetidas.

Amigos constrangidos

Para José Ângelo Gaiarsa, psicoterapeuta e escritor, uma das coisas mais desagradáveis que existem é conviver com um casal que briga, mas, juntos há muito tempo, não percebem o absurdo de se viver dessa forma.

Quando saem com um grupo de amigos e praticamente não precisam se comunicar, ainda passa. Mas quando só há mais uma ou duas pessoas e todos conversam juntos...
Muitas vezes, na maioria dos casos, eles aproveitam justamente a presença dos outros para se agredirem, criando uma situação constrangedora. Mesmo que os ataques sejam sutis e disfarçados.

Rancor matrimonial

“Não conheço rancor pior que o matrimonial. A maior parte dos casamentos são de precários a péssimos. A cara das pessoas nessa situação fica de uma feiura moral que assusta. O clima em torno dos dois é literalmente irrespirável, sobretudo por acreditarem ambos que têm razão”, diz Gaiarsa.

Para ele, o rancor matrimonial, acima de tudo amarra, pega você de qualquer jeito, te imobiliza, como se você tivesse caído numa teia de aranha.

“Quanto mais você se mexe, mais se amargura e raiva sente. Raiva — que faz brigar; mágoa — que faz chorar. A mistura das duas é o rancor, um ficar balançando muito e muito tempo entre o homicídio e o suicídio. E cometendo ambos ao mesmo tempo”, conclui.

O prejuízo das brigas para a saúde

Uma pesquisa mostrou que esses altos e baixos nos casamentos podem oferecer risco à saúde. 23% dos casais entrevistados disseram que tinham pouca negatividade no casamento e que existia apoio mútuo na relação. 
Os outros 77% responderam que os casamentos ficavam no meio termo, alternando sentimentos bons e ruins.
Numa experiência, esses casais tiveram pressão arterial mais alta do que os outros. (Fonte: Annals of Behavioral Medicine)

A importância da privacidade

Uma questão importante, mas pouco discutida é a privacidade. Há casais que consideram fundamental um contar tudo para o outro, dizem que não podem omitir nada do parceiro, que a sinceridade deve ser total.

A terapeuta de casais belga Esther Perel acredita que isso não garante uma intimidade profunda. Pelo contrário, o excesso de revelações de pensamentos e sentimentos pode ter um efeito negativo.

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