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Oscar 2021: o evento e os vencedores


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A 93ª cerimônia de entrega do Oscar ocorreu em momento delicado para a indústria cinematográfica, devido à pandemia. Um grande triunfo, no entanto, para os estúdios de streaming, principalmente a Netflix, que teve um recorde de indicações. Também foi uma premiação histórica por ser a primeira em que duas mulheres concorreram pela estatueta de melhor diretora, uma categoria predominante masculina.

A noite foi iniciada com Regina King em uma longa caminhada em direção ao palco, com créditos surgindo na tela, como em uma típica super-produção hollywoodiana, recheada de estrelas, com a produção de cineasta Steven Sodenberg, da trilogia “Onze Homens & Um Segredo”. Indicados e convidados sem máscara seguiram um protocolo de segurança que incluiu testagem contra o covid 19, medição da temperatura e até mesmo um rastreador para monitorar a circulação no Dolby Theater.

Imagem ilustrativa da imagem Oscar 2021: o evento e os vencedores
Ator Anthony Hopkins no filme "Meu Pai" |  Foto: Reprodução/ YouTube/ Sony Pictures Classics

A premiação começou com o reconhecimento do trabalho de Emerald Fennell com o melhor roteiro original por “Bela Vingança”, seguido de Christopher Hampton levando o prêmio de melhor roteiro adaptado por “Meu Pai". Laura Dern introduziu a premiação para filme estrangeiro, agora renomeado melhor filme internacional, com a cobiçada estatueta indo para a Dinamarca com “Druk: Mais uma rodada”, dirigido por Thomas Vinterberg, que subiu ao palco com uma emotiva dedicatória à sua falecida filha.

Na premiação de melhor ator coadjuvante, o prêmio mais do que merecido para Daniel Kuluya, por seu papel em “Judas & o Messias Negro”. Don Cheadle apresentou dois prêmios, que contemplaram o filme “A Voz Suprema do Blues”, lembrado como melhor cabelo e maquiagem, e melhor figurino. É admirável como conseguiram transformar Viola Davis em Ma Rainey, bem como a recriação do figurino de época, dois reconhecimentos notáveis para o filme da Netflix, produzido por Denzel Washington. O filme marcou o canto do cisne para o ator Chadwick Boseman, famoso no mundo como o Pantera Negra dos filmes da Marvel.

Surpreendente que o prêmio de melhor ator não tenha sido lhe dado postumamente, como alardeado nos bastidores. Foi Anthony Hopkins, o eterno Hannibal quem ficou o prêmio de melhor ator, por sua atuação em “Meu Pai”, uma vitória justa pelo trabalho do ator inglês, que também levou o BAFTA desse ano.

Foi Brad Pitt quem falou da inspiração para as indicadas como melhor atriz coadjuvante, que também surpreendeu a atriz coreana, de 74 anos, Yuh-Jung Youn de “Minari”, sendo esta sua primeira indicação. Seu discurso de vitória foi marcado pela humildade ao dizer que não acredita em competições desse tipo.

Já Bryan Cranston, ainda lembrado como o Walter White da série “Breaking Bad” entregou o prêmio humanitário Jean Hersholt para a organização “Motion Picture and Television Fund”. O prêmio foi dividido com Tyler Perry por seu trabalho humanitário durante a pandemia, lembrado pela excelente Viola Davis. O discurso de Perry foi o melhor do evento por nos lembrar do quanto perdemos quando espalhamos o ódio, seja para qual for o indivíduo ou grupo de pessoas.

Imagem ilustrativa da imagem Oscar 2021: o evento e os vencedores
A atriz Frances McDormand no filme "Nomadland" |  Foto: Reprodução/ YouTube 20th Century Studios Brasil

O diretor premiado em 2020 Bong Joon-Ho anunciou a categoria de melhor direção, e perguntou aos seus colegas de profissão o que é dirigir uma película, revelando diversos pontos de vista até entregar o prêmio para a diretora chinesa, de 39 anos, Chloé Zhao de “Nomadland”. Assim, ela se torna a segunda mulher a levar o prêmio na categoria em 93 premiações. Seu trabalho foi igualmente coroado como o melhor filme do ano, e merece ser conferido pelo público. Não à toa Frances McDormand levou a estatueta de melhor atriz pela terceira vez pelo filme de Zhao. Com um discurso curto mas sucinto, McDormand chegou e saiu do palco com um inesperado uivo.

Entre as premiações técnicas, tivemos o prêmio de melhor som para o favorito na categoria “O Som do Silêncio”; melhor efeitos visuais para o complexo “Tenet”, do diretor Christopher Nolan, além do merecido prêmio duplo de melhor direção de arte e melhor fotografia para “Mank”. Neste conseguiram recriar com primor a Hollywood dos anos 40, uma vitória para a Netflix.

“O Som do Silêncio” ganhou seu segundo prêmio da noite com o prêmio de melhor montagem entregue por Harrison Ford, que lembrou a importância da categoria mencionando o clássico “Blade Runner” de 1982.

Curioso lembrar que se tornou notório o conflito de Ford nos bastidores por ter gravado a contragosto a narração em off, que marcou sua exibição na época. Foi “Fight for you” do filme “Judas & O Messias Negro” que levou o Oscar de melhor canção, seguido de uma desnecessária brincadeira sobre canções premiadas, indicadas ou não no passado, e que levou à inesperada dança de Glenn Close, com direito a rebolado ao vivo, quebrando de vez com a formalidade do evento.

O Melhor curta ficou com “Two distant strangers” que usa o looping temporal como um elemento narrativo, mas o que marcou a noite foi quando Travon Free fez um breve, mas belo apelo para que as pessoas jamais sejam indiferentes à violência e ao racismo. Já melhor curta de animação ficou com “If anything happens I love you”, que fizeram do uso das cores uma fermenta para falar da dor da perda. Emoção não faltou na escolha de “Soul” para o prêmio de melhor trilha sonora e melhor filme de animação, uma realização de grande beleza dos estúdios Disney/Pixar, que ainda traz nossa Alice Braga como uma das vozes dos personagens.

“Collete” levou o prêmio de melhor documentário em curta metragem. O filme retrata a vida da escritora francesa que marcou a primeira metade do século XX com sua obra literária. Mais um momento em que a Academia empunhou a bandeira do empoderamento feminino nas artes.

Foi nesse tom que Marlee Matlin, que é a única atriz surda a ganhar um Oscar, em 1986 por “Filhos do Silêncio”, surgiu para anunciar “Professor Polvo” como o melhor documentário. Se a frase “Pelas lendas que perdemos” serviu de oportuno epitáfio para o final do “In Memorian”, certamente poderíamos encerrar a premiação lembrando que são as lendas do passado que nos inspiram a criar novas lendas, novos momentos. Se não foi a melhor das premiações ao menos teve momentos que a fizeram relevante no contexto mundial para nos lembrar que vidas importam, como disse Tyler Perry, todas as vidas.

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