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"Little Fires Everywehere" faz correção histórica de retrato da mulher, diz Reese Witherspoon


Imagem ilustrativa da imagem "Little Fires Everywehere" faz correção histórica de retrato da mulher, diz Reese Witherspoon
Reese Witherspoon e Kerry Washington se unem na série "Little Fires Everywhere" |  Foto: Reprodução/ Instagram @reesewitherspoon
Por Folhapress

Reese Witherspoon encontrou a parceira perfeita para suas produções. Trata-se de Kerry Washington, sua colega de cena em "Little Fires Everywehere", disponível na plataforma da Amazon Prime Video. Em conversa com a imprensa, por videoconferência, as duas atrizes falaram sobre a nova série, a parceria entre elas e a importância de ter mulheres por trás da produção da atração.

"Ninguém trabalha mais arduamente que Kerry. Ninguém se importa tanto. [Trabalhamos] Longas horas, com muitos pensamentos, conversas realmente instigantes, mas se divertindo ao mesmo tempo", diz

Witherspoon, que é correspondida pela amiga. "Nós amamos estar no set juntas. Aprendi que amo essa mulher, e espero trabalhar com ela de novo."

Juntas, elas produzem e protagonizam a história baseada no best-seller homônimo da autora Celeste Ng. A trama retrata Elena Richardson (Reese Witherspoon), uma mulher da classe alta, que aluga uma casa para uma artista misteriosa, Mia Warren (Kerry Washington, de "Scandal"), que vive de forma itinerante com sua filha, Pearl (Lexi Underwood), e cuja história é revelada ao longo dos oito episódios.

"Quando você coloca uma mulher no centro de uma história, isso se torna um ato político. Você está dizendo algo só de colocar a mulher como o epicentro de sua vida, e lidando com as dimensões dos seres humanos", afirma Washington.

Witherspoon, que já vem de uma série de produções com temáticas fortes e que trazem visões não estereotipadas sobre as mulheres -sempre em papel de protagonismo-, diz que é sua responsabilidade fazer trabalhos impactantes. "Estamos compensando o tempo perdido, as centenas de anos de histórias perdidas -porque, antes, nós não éramos as contadoras das histórias."

PERGUNTA - A série aborda questões sobre maternidade, racismo e as expectativas que temos sobre as mulheres. É importante que o seu trabalho diga algo, além de ser somente uma produção?

REESE WITHERPOON - Se você vai passar tanto tempo trabalhando em uma série... Eu me lembro de ser uma jovem atriz e não saber quais histórias eu queria contar, era um pouco perdida. Mas agora eu vejo com muita clareza o déficit de contar histórias para todas as mulheres, e como estamos compensando o tempo perdido, centenas de anos de histórias perdidas -porque, antes, nós não éramos as contadoras das histórias. Sinto a responsabilidade de fazer um trabalho impactante.

KERRY WHASINGTON - Essa realidade estranha de ser uma mulher nessa industria, em particular uma mulher negra, é porque por tanto tempo os nossos heróis tinham uma aparência específica. Quando você coloca uma mulher no centro de uma história, isso se torna um ato político. Você está dizendo algo só de colocar a mulher como o epicentro de suas vidas, e lidando com as dimensões dos seres humanos. É difícil para nós sermos protagonistas e produtoras em um projeto e não nos expressarmos, só por causa do mundo que existe ao nosso redor.

P. - E como tem sido a parceria?
RW - Encontrei meu par [risos]. Ninguém trabalha mais arduamente que Kerry. Ninguém se importa tanto. Longas horas, muitos pensamentos, conversas realmente instigantes, mas se divertindo ao mesmo tempo. Nós amamos estar no set juntas. Aprendi que amo essa mulher, e espero trabalhar com ela de novo e de novo.

KW - O mesmo. Também aprendi que muito do poder de Reese vem da sua autenticidade. É muito fácil, na vida, cairmos em buracos. E acho que todos os dias ela se enche de alegria e vida, mas também de verdades, e isso é muito refrescante e libertador: o poder de dizer a verdade. A gente pergunta a Reese como ela está, e ela realmente diz. Amo isso, que ela não vai só dizer "estou bem" e seguir com a vida.

P. - Como escolheram retratar a maternidade nesta série?
RW - A ideia de explorar a maternidade pela visão de que há tantas categorias de mães diferentes -uma mãe chinesa e imigrante, uma mãe negra, uma mulher que não consegue ter sua filha e decide adotar. Há muitas visões diferentes de maternidade nesta história, como a mãe branca privilegiada que não vê seu privilégio. É um livro muito bonito. Trabalhar com a Kerry em algo tão profundo e com tanto significado foi realmente uma alegria para mim.

KW - O mesmo. É muito poderoso poder explorar a maternidade de diferentes perspectivas. Afastar a ideia de que há um único jeito de ser uma boa mãe. Há diversos caminhos na maternidade, e expressamos nossa maternidade de maneiras distintas.

P. - A maternidade tóxica é um tema ainda velado na sociedade. Por que há tanta dificuldade em tratar disso na indústria cultural?
RW - Acho que enxergamos uma oportunidade. Todos os contadores de história não puderam autenticamente falar sobre maternidade, como podem as contadoras mulheres, como eu e Kerry. Isso abre a oportunidade de explorarmos as novas linhas da maternidade. Vemos mães completamente diferentes todos os dias, mães com as quais concordamos com o modo de criar os filhos, e com as quais não concordamos. Queríamos mostrar todo um espectro do comportamento feminino, em vez de só retratar a mãe perfeita. É um ato de bravura dizer: 'olha, existem mães que não são boas no mundo, que estão colocando muita negatividade e ideias ruins dentro da mente de suas crianças'. Isso é uma coisa muito real neste mundo.

KW - E também explorar que isso vem de algum lugar. Reconhecer que há mães, como essas duas personagens, que são tão controladoras sobre como elas percebem a realidade e impõem isso aos seus filhos. Mas, avançando nos episódios, entendemos porque a Elena fez essas escolhas, ou porque a Mia fez suas escolhas. Essa toxicidade vem de algum lugar, vem da própria dor delas. E isso é muito importante.

P. - Quais foram os desafios para produzir a série?
RW - Bom, foi uma grande produção, com muitas pessoas, muitos personagens, muito elenco. Foi muita responsabilidade, por isso me senti tão sortuda de compartilhar com a Kerry. É uma tremenda responsabilidade para estúdio gastar seu dinheiro e tempo, e é uma coisa que levamos muito a sério. Gastamos muito tempo tomando decisões, revidando rápido quando precisávamos e improvisando.

KW - É um desafio emocionante estar no papel de uma líder em uma produção tão grande como esta. Pode te deixar acordado em algumas noites [risos]. Nós duas somos o tipo de produtoras que querem ter certeza que a produção está refletindo nossa visão e valores, do início ao fim. Então, do elenco aos cartazes, estamos envolvidas em todas as etapas deste caminho. É muito gratificante, uma fantástica oportunidade e privilégio, mas é muito trabalho.

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