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Atenção especial para quem cuida da saúde dos pais

O cuidador deve ter tempo livre para lazer, alimentação equilibrada e fazer atividade física regular, destaca médico


Imagem ilustrativa da imagem Atenção especial para quem cuida da saúde dos pais
Erilda Ferreira Ramas com a mãe, dona Valtamar: “Deus no controle para dar conta e o amor acima de tudo” |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Com o envelhecimento da população, cada vez mais filhos e filhas assumem a responsabilidade de cuidar de seus pais, enfrentando desafios emocionais, físicos e financeiros. Contudo, quem se preocupa com o bem-estar desses cuidadores?

Ainda que cuidar possa ter muitas recompensas, segundo especialistas, é natural sentir-se irritado, frustrado, exausto, sozinho ou triste. Muitas vezes, o trabalho acaba criando um Burnout do cuidador, também chamada de síndrome do cuidador. Por isso, é preciso atenção especial para quem cuida da saúde dos pais.

“O cuidador deve ter tempo livre para lazer e alimentação equilibrada, com bom aporte de proteínas (carne, leite, ovos, peixes), vegetais, frutas, legumes e verduras”, explica o clínico geral Vitor Arpini Mazoco, da Best Senior.

Imagem ilustrativa da imagem Atenção especial para quem cuida da saúde dos pais
Durante quase 15 anos, a ajudante de laboratório Valéria Barroso Figueiredo, de 62 anos, dividiu os cuidados da mãe, Therezinha de Mattos Barroso, com a irmã Márcia Barroso, 60. Terezinha teve mieloma múltiplo (tipo de câncer na medula óssea) e morreu em 2014, aos 86 anos. “Por causa de todo esse processo de cuidado tive depressão. Quem tem 40 anos deve começar a pensar que vai ter de cuidar de alguém, mas a gente não pensa e nem fala sobre isso”, ressaltou. “Eu também tenho consciência que preciso cuidar da minha saúde, tenho de comer bem, faço pilates e natação, tudo isso pensando em minimizar os possíveis trabalhos que posso dar para meus filhos”, contou Valéria. |  Foto: Acervo pessoal

Ele destaca que também é preciso fazer pelo menos 150 minutos de atividade física regular por semana, pelo menos três dias.

“Se atentando para atividades resistivas, como musculação, pilates e funcional. Além de dormir de seis a oito horas de sono por noite, tomar sol diariamente entre 20 e 30 minutos, visitar o médico regularmente e fazer exames de rotina, não descuidando dos tratamentos regulares”, orienta.

Todos esses cuidados, Erilda Ferreira Ramos de Oliveira, de 55 anos, sabe bem que precisa manter, já que é ela quem cuida de sua mãe, a aposentada Valtamar Ferreira Ramos, de 75 anos. Em dezembro, sua mãe descobriu um câncer no intestino. De lá para cá, Erilda, que é filha única, se dedica 24 horas por dia à mãe.

“Por estar muito debilitada, a quimioterapia dela é oral, vamos ao hospital uma vez por mês, ela se consulta e buscamos os remédios. Também tenho problemas de saúde, pressão alta, e tive um AVC isquêmico em 2012. Digo que é Deus no controle para dar conta e o amor acima de tudo. Conto com a ajuda de umas primas e tias. Sei que também preciso me cuidar”, relata.

Tarefas devem ser divididas

Muitas vezes, quem cuida acaba não revelando o cansaço extremo com medo de ser taxado como ingrato.

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Vitor Arpini: momentos de lazer |  Foto: Divulgação

Para reduzir essa carga de trabalho, o clínico geral Vitor Arpini Mazoco, da Best Senior, destaca que é preciso trabalhar a culpa dentro de si mesmo e dividir as tarefas entre a família.

“Muitas vezes quem mais se cobra é o próprio cuidador. É importante estabelecer momentos de lazer e horários para realização de atividade física, deixando bem claras as necessidades desse cuidador para o restante da família, contando com o apoio de todos”, explica.

“É preciso atentar que o cuidado com a saúde do cuidador também é importante e deve ser preocupação da família”, frisa.


Saiba mais

Sinais de estresse do cuidador

Sentimento de opressão ou constante preocupação.

Sentir-se cansado a maior parte do tempo.

Dormir demais ou muito pouco.

Ganhar ou perder muito peso.

Irritar-se facilmente.

Perder o interesse em atividades que costumava gostar.

Sentir-se triste.

Ter dores de cabeça frequentes, dores corporais ou outros problemas físicos.

Estratégias para lidar

Aceite ajuda: esteja preparado com uma lista de maneiras que outras pessoas podem ajudá-lo e deixe o “ajudante” escolher o que gostaria de fazer, como, por exemplo, cozinhar para você.

Concentre-se no que você é capaz de oferecer. É normal sentir-se culpado às vezes, mas entenda que ninguém é um cuidador “perfeito”.

Faça esforço para ficar bem conectado com a família e os amigos, que podem oferecer apoio emocional sem julgamento. Separe um tempo cada semana para se conectar, mesmo que seja só uma caminhada com um amigo.

Consulte seu médico. Faça os exames recomendados e fale que você é um cuidador.

Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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