CPI vai pedir apreensão de passaporte de acusado de arrastar e matar cachorro
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A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos Contra os Animais, da Assembleia Legislativa do Estado (Ales), deputada Janete de Sá, vai pedir ao Ministério Público Estadual (MPES) que faça a apreensão do passaporte de acusado, de 32 anos, preso por amarrar um cachorro na traseira do carro e arrastar o animal até a morte pelas ruas de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo.
De acordo com a parlamentar, o suspeito teve a prisão preventiva de 90 dias decretada pela Justiça e segue Centro de Detenção Provisória de São Mateus, no Norte do Estado, mas ainda pode recorrer da determinação.
“O nosso entendimento é que ele vai pegar a prisão máxima, que é de 5 anos, por maltratar animais aqui no Espírito Santo, conforme o que prevê a lei. Nós também já entramos com o delegado da região de São Mateus e Jaguaré, delegado Leonardo Malacarne, para ele fazer um pedido de medida cautelar diversa para proibir que esse suspeito saia do País. Vamos também pedir ao Ministério Público que tome o passaporte dele para evitar que ele saia do País para evitar a prisão”, afirmou a deputada.
O crime ocorreu na noite de segunda-feira (12). O animal foi amarrado ao para-choque do veículo Honda HR-V Touring prata e abandonado morto em uma calçada. Câmeras flagraram a ação do suspeito.
O veículo foi encontrado estacionado numa rua da cidade, na manhã de terça (13). O acusado se entregou à polícia, foi preso e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus.
O delegado Leonardo Malacarne disse que o acusado confessou o crime e alegou ter matado o animal por achar que ele estava sofrendo de fome.
Nesta quarta (14), o suspeito passaria por audiência de custódia presencial no presídio, mas o site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) informa que ela foi suspensa por conta da pandemia.
Em nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que o suspeito permanece no CDP de São Mateus. “Ainda não consta alvará de soltura para o mesmo”, informou.
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