VÍDEO | Cinzas jogadas ao mar no adeus a aposentado vítima do coronavírus

Sobre a ponte Ilha do Frade, em Vitória, com uma visão para o Convento da Penha, familiares do aposentado Ricardo de Jesus Matos, 62 anos, que morreu em decorrência do coronavírus, realizaram o seu último desejo: que fosse cremado e que suas cinzas fossem colocadas em uma urna com três fitas, rosa, azul e branca - que são as cores de Nossa Senhora - e jogadas ao mar, onde poderia ser visitado pelas pessoas que amava.
Amigos e familiares fizeram um cortejo, cada um em seus carros, do cemitério Jardim da Paz, na Serra, até a ponte.
Em um momento emocionante, a esposa a psicóloga Jurama Ribeiro de Oliveira Matos, 52, e filhos do aposentado o homenagearam. Jurama contou aos presentes sobre como era Ricardo em vida.
“Meu filho Gabriel pediu para que eu não chorasse. Aqui é o melhor lugar para ele (Ricardo) estar, ele foi uma pessoa em comunhão com esportes e vida saudável. Amava o mar. Uma grande pessoa e a gente deixa ele no seu santuário”, disse a mulher de Ricardo.
Antes de suas cinzas serem jogadas ao mar, os presentes rezaram a Nossa Senhora, de quem Ricardo era devoto.
O aposentado faleceu depois de ficar 16 dias internado, na última quinta-feira (28). Ele tinha três filhos.
Jurama conta que o marido lutava contra o câncer do tipo linfoma não Hodgkin no baço e no fígado. Ao contrair o coronavírus, teve que ir para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cinco dias depois da oficialização do casamento de 13 anos.
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