Vice assume as agendas públicas durante isolamento de Casagrande
A vice-governadora Jaqueline Moraes assumiu as agendas públicas do governo enquanto o governador Renato Casagrande se recupera da covid-19. Entre os compromissos estão reuniões com a sala de situação, grupo criado para discutir medidas de enfrentamento ao novo coronavírus, assinaturas de ordens de serviço e entrega de equipamentos.
Após receber o resultado positivo para covid-19, na segunda-feira (25), Casagrande havia informado que manteria os compromissos de forma virtual.
No entanto, a vice-governadora informou na tarde desta quinta-feira (28), que, por orientação médica, Casagrande segue a frente nas discussões junto ao núcleo interno de governo, enquanto que ela assume as agendas externas. A decisão foi tomada em conversa na quarta (27).
"Às vezes, por mais que seja videoconferência, demora mais de uma hora. É muito tempo exposto e ele precisa de repouso", ressaltou Moraes.
A vice-governadora destacou que ela e Casagrande sempre dividiram espaço nas agendas, com ela realizando ordens de serviços, reuniões e outras atividades mesmo que o governador não esteja em missão fora do Estado.
"Desde o primeiro dia da covid-19, estou ao lado dele na sala da situação. Participei com ele de reunião com o presidente da República. Não muda muito a nossa metodologia que estamos fazendo", comentou ela.
Segundo Moraes, o diálogo com o governador é diário por telefone. "Ele continua na residência oficial. Ele está atendendo orientação médica. Está estável, bem tranquilo. Lógico que emocionalmente a gente fica abalado com a esposa nessa situação, mas ele é um líder e está preparado para passar por essa junto com a gente", afirmou.
A vice-governadora ressaltou que não esteve de forma presencial com Casagrande nos últimos 15 dias, apenas participaram de solenidades e pronunciamentos de forma virtual, e, por esse motivo, não precisou passar por exames para saber se também foi infectada pelo vírus.
Lockdown
Sobre a possibilidade de um bloqueio total, o chamado lockdown, Jaqueline Moraes garante que isso não é o que o governo deseja, mas a matriz de risco precisa ser seguida.
O plano prevê uma medida mais enérgica caso a ocupação dos leitos supere 90%. Na Grande Vitória, esse índice está em 86%.
"Se a coloração ficar roxa, quais as ações que vamos tomar? Isso que estamos discutindo na sala de situação com a equipe de governo, federações e indústrias", disse ela.
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