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Coronavírus

Oriente Médio lidera vacinação contra covid-19 entre atletas e comissões técnicas


Se no Brasil a discussão atual no futebol é sobre a possível paralisação dos campeonatos por causa do avanço da pandemia, em outras partes do mundo a expectativa é outra. Países do Oriente Médio estão em processo avançado na vacinação de jogadores e comissões técnicas contra a covid-19. Em locais como Catar, Arábia Saudita, Israel, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, vários profissionais do futebol já estão imunizados.

O Estadão conversou com jogadores e técnicos que atuam nesses locais. Clubes e federações nacionais foram as responsáveis por organizar o processo de vacinação para possibilitar que as competições sejam realizadas de maneira mais segura. Apesar disso, vários cuidados no país ainda persistem. Máscaras, álcool em gel e distanciamento social continuam em vigor. Mesmo quem já está vacinado, admite que não está totalmente tranquilo. A situação delicada no Brasil deixa todos preocupados com familiares.

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

No futebol local, os clubes se organizaram para distribuir as doses entre jogadores e funcionários. A vacina não foi obrigatória. Revelado no Flamengo, o meia Luiz Antônio, atualmente no Ajman, já recebeu as duas doses do imunizante e agora tenta ver se o clube o ajuda a conseguir vacinas para a mulher e o filho. "A pandemia está muito grande em todo o lugar do mundo. Estando em outro país, teoricamente as coisas são mais sérias e corretas. Aqui as leis são muito rígidas. Fico feliz por ter sido vacinado e teoricamente me sentir mais tranquilo em relação à doença", disse.

Lateral-esquerdo do Dibba FC, o brasileiro Roger Mendonça afirma que mesmo vacinado, se sente apreensivo por causa dos parentes que vivem no Brasil. "Todo dia vejo as notícias que os casos no Brasil vêm aumentando. Então não dá pra ficar 100% feliz, ainda mais porque meus familiares estão lá. Então a gente ainda fica com o coração apertado", contou. Revelado no Palmeiras, o meia Bruno Dybal também afirma que ainda não está tranquilo. "Sempre ficamos apreensivos por conta da família que está no Brasil. Meus pais já entram no grupo de risco. Estamos torcendo para que todos tenham a oportunidade de vacinar e que tudo volte ao normal o quanto antes", disse o jogador do Masfout.

Mesmo com várias doses aplicadas e com quase todos os jogadores vacinados, a rotina nos Emirados Árabes Unidos ainda não está como era antes da pandemia. "A vida por aqui ainda tem algumas restrições, mas nada muito duro como antes, no momento do pico. Tem ainda restrições como luva em alguns restaurantes e uso de máscaras obrigatório ainda", comentou o atacante Erick, do Al Bataeh, outro já vacinado.

ARÁBIA SAUDITA

O técnico Rogério Micale, do Al-Hilal, tomou a primeira dose da vacina no início de março. O treinador campeão olímpico com a seleção brasileira nos Jogos do Rio diz se sentir um privilegiado, mas continua atento à família, que vive no Brasil. "Minhas três filhas estão no Brasil. Tenho três netos e um a caminho. Temos uma média de mortes muito alta. É um mix de sentimentos. Tenho um certo alívio, mas ao mesmo tempo sinto uma tristeza muito grande pelo povo brasileiro", comentou.

Imagem ilustrativa da imagem Oriente Médio lidera vacinação contra covid-19 entre atletas e comissões técnicas
Dose de vacina contra a Covid-19 |  Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Após a primeira dose, alguns jogadores do time saudita tiveram sintomas da covid-19. Mas logo se recuperaram. O calendário de jogos continua normalmente. Fora do futebol ainda existem muitos cuidados. "A vida não voltou ao normal", disse Micale. O governo obriga a utilização de um aplicativo para poder circular pelo país e ter controle das condições de saúde da população. "Aqui também tem um ambiente familiar em um modo geral. O povo árabe é muito recluso. O governo faz um controle muito grande. Quando se tem uma média diária de sete mortes, é um número alto", explicou o treinador do Al-Hilal.

ISRAEL

Um dos países mais avançados na vacinação em massa, Israel tem até campeonatos com a presença da torcida. O goleiro Daniel Tenenbaum, do Maccabi Tel Aviv, é uma das testemunhas da transformação. Quem recebe as doses, ganha do governo um documento chamado passaporte verde, uma espécie de atestado de imunização.

"No clube praticamente todo mundo tomou a vacina. No país ainda tem algumas restrições. Só pode entrar em restaurante quem tem um passaporte verde, para confirmar que está vacinado", contou. Goleiro do time bicampeão nacional, o carioca Daniel até já desfrutou a sensação de jogar diante da torcida. "O público voltou aos estádios. No último jogo do time tivemos 5 mil torcedores. Nosso estádio tem capacidade para 30 mil. Mas só podia entrar quem tomou a vacina e tem esse passaporte verde".

BAHREIN

O país está com uma política de vacinação bem avançada, tanto é que imunizou vários pilotos e integrantes das equipes da Fórmula 1. A categoria faz a abertura da temporada no próximo domingo. No futebol, a situação é parecida. Vários clubes ajudaram os jogadores a se organizar para conseguirem receber as primeiras doses.

No time do East Riffa, o meia Luiz Fernando teve de esperar apenas um documento local ficar pronto. "O Bahrein já está vacinando desde dezembro. O governo disponibiliza um aplicativo onde tem todas as informações sobre a covid-19 e vacinação. Fiz meu cadastro no aplicativo e não passou cinco minutos já chegou a mensagem com a data e o horário que seria o dia para vacinar. Tudo muito rápido e organizado", contou.

Colega dele time, o meia Felipe Hereda tomou a primeira dose da vacina na terça-feira. Agora, ele está mais tranquilo, enquanto torce para a situação melhorar no Brasil. "Minha preocupação é muito grande, principalmente com meus avós. Eles estão aguardando chegar na idade deles para tomar a vacina", disse. Segundo o jogador, o governo barenita continua bastante rigoroso com a pandemia. "Quem estiver na rua sem máscara e a polícia ver, aplica uma multa e você tem de pagar na hora ou é conduzido para delegacia", explicou.

CATAR

O país-sede da próxima Copa do Mundo organizou um mutirão para vacinar atletas. A prioridade foram jogadores da seleção. Logo depois, a federação procurou imunizar quem atua nos clubes locais. "A federação esquematizou a vacinação de todos os atletas, para que a liga pudesse continuar em um ambiente mais seguro possível. A vacinação tem andado rápido aqui no Catar. Os grupos com prioridade já vacinaram e agora pessoas de todas as idades já podem se vacinar", disse o zagueiro Rafael Vaz, do Al-Khor.
 

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