X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Coronavírus

O que se sabe sobre a arcturus, subvariante da covid associada a conjuntivite

O estado de São Paulo confirmou nesta segunda-feira o primeiro caso da subvariante arcturus da covid-19


 

Imagem ilustrativa da imagem O que se sabe sobre a arcturus, subvariante da covid associada a conjuntivite
O que se sabe sobre a subvariante arcturus da covid-19 |  Foto: Canva

O estado de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (1º) o primeiro caso da subvariante arcturus da covid-19. Conhecida por ter relação com a conjuntivite em infectados, a cepa foi identificada pela primeira vez em janeiro de 2023 e, desde então, se espalhou por diferentes países.

Em março, a arcturus foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma variante sob monitoramento. Menos de um mês depois, a instituição indicou que a arcturus era uma variante de interesse, o que significa um grau de maior preocupação.

Leia mais notícias sobre Coronavírus aqui

Nesta terça (2), a Prefeitura de São Paulo anunciou que vai estender a vacinação com a Pfizer bivalente para o público de 40 anos ou mais a partir desta quarta (3).

Saiba mais sobre a subvariante arcturus

O QUE É?

Com o nome técnico XBB.1.16, a arcturus teve o primeiro registro em 9 de janeiro de 2023 e é descendente da XBB, uma linhagem da variante ômicron. Ela tem um perfil semelhante ao da XBB.1.5, subvariante que assustou a OMS quando foi descoberta, por sua capacidade de transmissão. A arcturus, no entanto, guarda duas mutações diferentes na proteína S, utilizada pelo vírus para entrar nas células humanas.

O país com mais casos registrados é a Índia, mas outros 36 também já sequenciaram a cepa, segundo o último relatório epidemiológico da OMS que considera dados de até 23 de abril.

A cepa foi considerada uma variante de interesse em abril de 2023. Segundo a OMS, uma cepa é classificada dessa forma quando apresenta mutações que podem afetar características como transmissibilidade, virulência ou escape de anticorpos. Além disso, a cepa precisa ter um crescimento da sua disseminação em diferentes regiões do mundo, causando um aumento no número de casos, para ser considerada de interesse.

QUAIS OS SINTOMAS?

A arcturus pode causar os sintomas já conhecidos da covid-19, como febre, tosse, dores e problemas respiratórios. Uma das características que chama atenção, contudo, é a arcturus ter relação com o aparecimento de conjuntivite nos infectados.

Fernando Spilki, virologista e coordenador do projeto de sequenciamento genômico Rede Corona-ômica BR-MCTI, diz que existem relatos na Índia e em outros países da relação da arcturus com a inflamação ocular, especialmente em crianças. Ele afirma, porém, que é preciso uma avaliação mais minuciosa, até porque esse sintoma já era visto anteriormente. "Casos esporádicos de conjuntivite já vinham sendo reportados desde 2020", diz.

Mas a informação do sintoma já pode ser útil para que as pessoas fiquem atentas em caso de suspeita de infecção pelo coronavírus.

CAUSA CASOS MAIS GRAVES?

A arcturus apresenta semelhanças com a XBB.1.5 -e isso também vale para a proteção conferida pelas vacinas ou por infecções prévias.

Um documento da OMS que avaliou a arcturus a classificou como de risco moderado. A conclusão se baseia em parte em um estudo pré-print (quando não é veiculado em uma revista científica com revisão de outros especialistas) que observou não haver diferença no grau de escape imunológico entre a arcturus e outras subvariantes já registradas, como a XBB.1.5 e a XBB.1.

Mas esse grau não é um indicativo de que a cepa necessariamente cause quadros mais graves da doença. Na Índia, por exemplo, a circulação da arcturus não ocasionou aumento nas hospitalizações, nem maior necessidade do uso de ventilação mecânica em uma população em que cerca de 70% já tomou alguma dose de reforço de vacina contra covid-19.

"Evidências disponíveis não sugerem que a XBB.1.16 tenha um risco adicional para a saúde pública que outras linhagens descendentes da ômicron em circulação", resume a OMS na avaliação de risco da subvariante arcturus.

A TRANSMISSÃO É MAIOR?  

O mesmo estudo pré-print que concluiu não haver diferenças da arcturus para o sistema imunológico observou que a variante pode causar um maior número de casos se comparada a outras cepas, como a própria XBB.1.5.

O ponto também é visto no relatório de risco feito pela OMS. A organização informa que a variante pode "se espalhar globalmente e levar a um aumento na incidência de casos". A própria classificação da arcturus como variante de interesse é um indicativo de que ela já se espalha em diferentes regiões e causa novos casos.

Por isso, o órgão recomenda que os países estejam atentos ao grau de disseminação da cepa e disponibilizem essas informações para uma avaliação constante de seus impactos.

O que a arcturus representa para o Brasil?

O primeiro caso registrado da arcturus pode causar preocupação, mas Spilki diz que é importante esperar um pouco mais para entender seus impactos. "Ainda é cedo para dizer qual é e qual será o grau de disseminação dessa variante."

O virologista afirma que dados de amostras de semanas passadas não apontam um grau de disseminação da cepa. No entanto, essa constatação pode mudar a partir de novas análises.

Segundo Spilki, com o anúncio do caso confirmado, é esperado que o sequenciamento de amostras passadas aumentem para observar se já houve outras infecções da cepa no país. E diz que o sequenciamento das próximas semanas também será necessário para avaliar o grau de disseminação.

O especialista ressalta ainda que o aumento de casos da subvariante arcturus em outros países não significa que necessariamente isso irá ocorrer no Brasil. "Na Índia, por exemplo, ela se disseminou grandemente, mas claro que a gente tem uma dinâmica própria no Brasil. Nem sempre se repete o mesmo panorama", conclui.

Leia mais

Covid-19: pessoas com comorbidades podem tomar vacina bivalente

Anvisa flexibiliza uso de máscara em serviços de saúde

Casos de covid-19 aumentam 38% em um mês no ES

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: