Motoristas de vans escolares e de turismo se preparam para atender demanda de empresas
Após o anúncio da suspensão da circulação dos ônibus durante 8 dias a partir do próximo domingo (28), empresas de diversos seguimentos viram nas vans escolares e de turismo a solução para o transporte de funcionários.
A procura pelo serviço começou logo depois que as medidas mais rígidas foram anunciadas pelo governo. “Já houve uma procura enorme. De ontem a tarde até hoje está uma loucura. Vamos montar uma logística para atender as empresas. Cada diretor ficará responsável por uma região e também contamos com ajuda de apoiadores em todos os 78 municípios”, disse a presidente do Sindicato dos Transportadores Escolares Universitários e de Turismo do Estado do Espírito Santo (SINTEES-ES ), Silvia Rocha.
Duramente afetada pela pandemia, a categoria vê nesse momento uma oportunidade de garantir uma renda. “Tem um ano que a gente sofre. Muita gente passando fome. Éramos 15 mil profissionais até janeiro de 2020, mas muita gente migrou para outras áreas. Alguns tiveram que vender a van para se alimentar, outros perderam os veículos financiados. Muito triste”, lamentou Silvia.
A presidente do sindicato garante que o setor está preparado para trabalhar dentro das normas sanitárias.
“Essa medida nos dá condição de retornar ao trabalho. Em relação a saúde, já temos uma cartilha a ser seguida e estamos preparados, pois nos adequamos para a volta às aulas, mas foi suspensa novamente. Chegou a nossa vez de trabalhar”, afirmou.
Apesar de temporária, a nova demanda animou os motoristas de vans do Estado. A intenção do sindicato é distribuir as oportunidades conforme a cidade de atuação dos profissionais.
“Nosso momento chegou e vamos tentar inserir todo mundo. Vamos tentar fazer essa distribuição, até mesmo entre os profissionais que não são sindicalizados. Tenho que pensar na fome que assolou a minha categoria. Tenho que acolher a todos”, disse Silvia.
O sindicato ressalta que não é permitida a circulação de vans pelas ruas para pegar passageiros em pontos de ônibus. “O sindicato não vai incentivar e nem dar apoio para que os condutores de veículos inseridos no nosso sistema e no da Ceturb-ES saiam de ponto em ponto. No decreto determina que as empresas nos procurem, não o caminho contrário. Não temos autorização para fazer transporte “cata-cata”, afirmou.
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