Covid: Espírito Santo tem taxa de sobrevivência melhor que a média nacional
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A taxa de sobrevivência de pacientes internados com o novo coronavírus (Covid-19) no Espírito Santo é menor que é média nacional. A avaliação foi divulgada pelo presidente da Epimed Soluções e médico Intensivista, Carlos Eduardo Reis, em coletiva de imprensa promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na manhã desta terça-feira (1º).
A empresa é responsável por monitorar a qualidade e eficiência de 550 hospitais em todo o Brasil.
De acordo com Carlos Eduardo, a avaliação foi feita desde o dia 1° de julho até o dia 20 de agosto e mostra que, dos 1034 pacientes internados nas UTIs dos 13 hospitais administrados pela Sesa, 581 receberam alta, o que representa 45.3%, enquanto a média nacional é de 48.9% (de 14.699 pacientes internados em 550 hospitais monitorados pela empresa).
Desses 1034, 281 morreram por complicações da doença e 181 permanecem internados.
Ainda segundo os dados apresentados pelo médico intensivista, os pacientes internados nos hospitais geridos pelo Estado precisam ficar uma média de 7,7 dias na ventilação mecânica. O número é muito menor que a média nacional (10,0), que a média dos hospitais privados no país (10,7) e menor que a dos hospitais públicos (9,3).
"Ainda não tem ocorrência de casos de reinfecção no Espírito Santo"
Também na coletiva desta terça-feira (1º), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que o Espírito Santo ainda não tem casos confirmados de reinfecção do novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o secretário, de todos os casos analisados, nenhum se confirmou. "Com os casos de reinfecção que foram apontados no Estado, praticamente todos foram finalizados e não teve ocorrência, até o presente momento, de casos de reinfecção no Espírito Santo".
Esportes e atividades religiosas
Nésio Fernandes também afirmou que o Estado está, no mês de setembro, avaliando questões relacionadas ao esporte e às atividades religiosas, para aperfeiçoar as medidas de protocolo para essas atividades.
Inquérito Sorológico Escolar
"Não vamos utilizar o teste rápido, nesse momento, no inquérito escolar", disse o secretário da Saúde. Segundo Nésio, a secretaria está analisando utilizar o teste da Abbott, que exige a coleta por meio de punção (exame de sangue), que tem uma complexidade maior na realização.
O secretário não explicou o motivo pela preferência do exame ao teste rápido, mas informou que maiores detalhes sobre o inquérito ainda estão sendo definidos pela secretaria.
"Manter as regras de distanciamento, de utilização de máscaras, é fundamental"
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin afirmou que manter as regras, de distanciamento, de utilização de máscaras e manter a higienização das mãos é fundamental para não se contaminar e não contaminar aquele que você ama.
"Não podemos relaxar, muito menos agora que ainda temos casos de transmissão, ainda temos óbitos. A doença ainda está circulando entre nós. Não está escrito na testa de ninguém se tem ou não Covid", afirmou.
A fala foi dada em resposta ao questionamento feito pelo Tribuna Online sobre o motivo de o Estado não estar presenciando uma alta nos números de casos e mortes por Covid-19, mesmo com um número grande de pessoas descumprindo as medidas de combate ao coronavírus (distanciamento social, uso de máscaras, isolamento social).
"Estamos chegando a um patamar muito próximo ao que era o final de abril e início de maio, em relação ao número de casos e ao número de óbitos, portanto há uma consolidação da queda. De fato, nós verificamos que as pessoas, principalmente os mais jovens, passaram a se aglomerar em bares, casas noturnas sem utilização de máscaras, sem manter o distanciamento. Nesse momento não temos interferência sobre os nossos casos, sobre os nossos mortos, mas a gente ainda não tem a segurança absoluta para garantir que não há uma interferência nos casos em alguns dias, portanto manter essas regras, de distanciamento, de utilização de máscaras, é fundamental", afirmou.
Assista à coletiva na íntegra
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