Aulas presenciais serão obrigatórias a partir de agosto no Estado
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Desde o início da pandemia, no último ano, a educação sofreu com fechamento de escolas e restrições em suas atividades. No entanto, de acordo com secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a rotina da juventude capixaba deve começar a voltar a sua normalidade entre os meses de agosto e setembro, inclusive com a obrigatoriedade das aulas presenciais nas unidades de ensino.
Durante coletiva de imprensa, na tarde desta segunda-feira (28), o secretário afirmou que o segundo semestre deste ano vai representar o início de uma transição segura para a retomada gradativa das atividades sociais e econômicas.
"Nós reconhecemos que, com um avanço pleno da imunização, somado à necessária adoção do uso das máscaras, dos protocolos e, principalmente, em um cenário de real testagem em massa, nós devemos viver, no segundo semestre deste ano, um período de maior robustez na retomada das atividades sociais e econômicas"
Apesar da expectativa, Nésio explicou que, entre agosto e setembro, ainda não vai haver uma retomada plena à normalidade na vida dos capixabas, mas, sim, o início de uma transição, especialmente, relacionado a atividades como educação e serviços de saúde.
"E aí me refiro à plenitude do funcionamento da atenção primária, das cirurgias eletivas, da rede hospitalar, de um momento novo dentro do sistema de saúde. E também em atividades sociais e econômicas, que deverão ter, nesse período de 60 dias, muitas revisões e atualizações das medidas qualificadas para o risco ao qual se define cada município capixaba e aquilo que determina as atividades sociais e econômicas", disse o secretário, sem detalhar que atividades seriam essas.
Nésio ainda complementou: "Nós estamos falando da possibilidade concreta de, no segundo semestre, por exemplo, de avançarmos com um passo importantíssimo para a juventude capixaba: a retomada da obrigatoriedade do ensino presencial. A persistência, no solo espírito-santense, de uma estratégia que possa retornar a atividade educacional à centralidade que ela tem no papel, tanto no desenvolvimento da vida da juventude e das crianças, mas também vinculada ao futuro do nosso Estado".
De acordo com ele, o fechamento das escolas foi uma das maiores violências da pandemia sobre a sociedade contemporânea. "(Por isso), nós precisamos apresentar uma agenda robusta de retomada mais ampla das atividades da educação em todos os seus níveis, no segundo semestre desse ano", afirmou.
O secretário ainda ressaltou que a volta dessas atividades só vai ser possível por conta da vacinação, que "é uma medida de prevenção primária sanitária, cientificamente comprovada, segura e que permite que os gestores e autoridades consigam fazer desenhos e apresentar cenários futuros de maior amplitude da retomada das atividades".
Medida também vale para escolas particulares
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Moacir Lellis, nas escolas particulares as aulas presenciais já estão acontecendo antes mesmo da decisão da obrigatoriedade anunciada nesta segunda pelo secretário de saúde. De acordo com Moacir, apesar das aulas presenciais terem sido retomadas agora na rede pública, nas instituições privadas já foram retomaram. “Estamos trabalhando e precisamos recuperar esse tempo perdido", contou.
“A escola tem autonomia, o que a gente segue é distanciamento de 1,5 metros, que é o que orienta o protocolo de segurança da Secretaria da Saúde. Em cima disso, a escola tem autonomia para administrar seus alunos”, ressaltou Moacir.
O presidente do sindicato falou ainda que, com todos os professores vacinados, eles acreditam que no máximo em dois meses os jovens de 18 anos também serão imunizados. “Nas crianças o risco de transmissão é quase zero. Então não justifica permanecer sem aulas presenciais”, disse Moacir.
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