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Cidades

Com risco de prédio desabar, famílias vão continuar fora de casa até esta terça


Mais de 130 pessoas tiveram que deixar suas casas às pressas na madrugada de domingo (24), em Nova Itaparica, Vila Velha. O motivo foi o risco de desmoronamento de um edifício da região, que teve duas colunas danificadas durante a noite.

Na manhã desta segunda-feira (25), a Defesa Civil Municipal afirmou que "uma empresa foi contratada para executar projeto de escoras, com previsão para término nesta terça (26). Portanto, até o fim deste trabalho, a interdição será mantida". Os moradores do edifício e da vizinhança continuam na casa de parentes e em hotéis. 

Também na manhã desta segunda, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES), afirmou que o prédio precisa passar por intervenções importantes para voltar a ser ocupado.

Segundo o Gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES, Giuliano Battisti, a análise do projeto aponta que existe divergência entre o projeto e a execução da obra.

“Verificamos o projeto e os levantamentos que nós realizamos nos mostram indícios de divergências importantes entre o que está no projeto e o que foi executado. O que nós conseguimos constatar até o momento é que houve esmagamento da estrutura em dois pilares importantes, que são as colunas. Houve realmente um colapso e é importante dizer que, justamente nesses pilares que estão expostos, já conseguimos verificar essa divergência”, disse Battisti, que é engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho.

Entenda o caso

Moradores contaram que, por volta de meia-noite, ouviram o primeiro estrondo. “Eu ainda estava acordada quando ouvi aquele barulho. Uma vizinha desceu para ver o que era e já subiu gritando, falando que uma coluna explodiu. Todo mundo saiu correndo, deixando tudo para trás. Só consegui salvar meus gatos”, lembrou a babá Tânia dos Santos, 41, que mora no primeiro andar.

Imagem ilustrativa da imagem Com risco de prédio desabar, famílias vão continuar fora de casa até esta terça
Duas colunas do prédio, localizado em Nova Itaparica, Vila Velha, ficaram com a estrutura comprometida. Moradores acordaram de madrugada com estrondos e a Defesa Civil foi acionada |  Foto: Fábio Nunes/ AT/ 24/01/2021

Depois que a primeira coluna se rompeu, o síndico do prédio correu até a garagem para ver o que tinha acontecido.

“Quando a gente estava lá embaixo estourou a segunda pilastra. Fez um estrondo horrível. Vai ser muito difícil esquecer isso, um barulho aterrorizante”, declarou Mauro Basílio, de 45 anos.

A Defesa Civil foi acionada e interditou o prédio, além das construções do entorno, num raio de 40 metros.

COLISÃO

O irmão do dono da construtora que fez o prédio foi ao local pela manhã e argumentou que a coluna foi danificada por uma colisão.

“Alguém drogado ou bêbado deu ré com o carro, bateu na coluna, ela estourou e o prédio vibrou. Esses prédios nossos são acompanhados por engenheiros e têm fiscalização da prefeitura”, garantiu José Francisco dos Santos, 37.

Moradores e o síndico contestam a versão. “Isso de carro ter batido não existe. A gente escuta o barulho do portão quando alguém entra ou sai de carro, e não houve barulho. As marcas de pneu que estavam na garagem eram do morador da cobertura, e até caíram os blocos da coluna em cima do carro dele, danificando”, disse Mauro.

O prédio tem 23 apartamentos, e 21 estão ocupados. Com o estrondo, moradores disseram que a estrutura chegou a tombar para trás, ficando apoiada num prédio que está sendo construído atrás. A Defesa Civil definirá se os imóveis podem voltar a ser ocupados. Enquanto isso, quem vive lá foi alocado em hotéis e casas de parentes.

Outro Lado

A equipe jurídica da Santos Construtora, responsável pelo prédio com risco de desabamento, entrou em contato com a reportagem do Tribuna Online e afirmou que a versão dada por José Francisco dos Santos, irmão do dono da empresa, não é verdadeira. 

"Por enquanto, estamos aguardando o laudo, que deve ficar pronto no final da tarde (desta segunda-feira), mas o que podemos afirmar é que não houve colisão, como afirmou o irmão do dono da construtora", afirmou a advogada da empresa, Márcia Nunes.

Ainda de acordo com ela, a empresa responsável pelo prédio não possui sócios, portanto, as únicas pessoas que podem responder por ela são o dono e a equipe jurídica dele.

Márcia ainda encaminhou uma nota comunicando todo o posicionamento da empresa até esta terça-feira (25). Leia na íntegra:

Desde o momento do ocorrido a Santos Construtora tem prestado toda a assistência aos moradores, fornecendo hospedagem em hotéis e alimentação. Até o presente momento a construtora não foi notificada pelos órgãos competentes quanto ao ocorrido na madrugada de domingo e nem mesmo recebeu nenhuma informação oficial.

De qualquer forma, a Santos Construtora tem tomado todas as medidas possíveis e cabíveis, inclusive estão sendo realocados todos os moradores para um único hotel, o Bristol de Itaparica no início desta tarde.

Anteriormente, diante da urgência da situação, período da madrugada e alta temporada, foi dificultosa a hospedagem de todos no mesmo local.

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