Turismo espacial impulsiona economia e projeta novas competições
Celso Martins Santos
Em uma iniciativa inédita, restos fossilizados de dois ancestrais humanos antigos, Australopithecus sediba e Homo naledi, foram lançados ao espaço. A viagem, realizada em setembro de 2023, ocorreu através de um voo suborbital na companhia de astronautas modernos, a bordo de uma espaçonave comercial.
A ação foi encabeçada pela empresa Virgin Galactic, conhecida por seus esforços para impulsionar o turismo espacial comercial.
Voos suborbitais: o turismo do futuro?
O termo turismo espacial talvez não seja o mais adequado para descrever essas viagens, segundo um artigo da Agência Espacial Europeia (ESA). O termo correto seria “voos suborbitais”. Esses voos consistem em levar uma espaçonave a uma altura suficiente que, com a velocidade certa, produza a sensação de ausência de gravidade.
Embora o turismo espacial ainda esteja se desenvolvendo, a ESA destaca que o crescimento desse setor implica novos desenvolvimentos em tecnologias aeroespaciais. Ele também traz uma perspectiva aeronáutica para o desenvolvimento e o funcionamento da tecnologia espacial.
Além disso, permite o acesso humano ao universo e a preparação para a exploração de longo prazo do Sistema Solar.
Explorando o espaço: uma experiência de luxo
É importante frisar que esse tipo de experiência é considerada de luxo e, portanto, não é acessível a todos. Segundo a Virgin Galactic, 200 passageiros já reservaram seu lugar para viajar ao espaço em sua espaçonave.
No entanto, a ESA antecipa que os preços dessas viagens devem diminuir com o avanço das tecnologias.
Quando o documento da ESA foi publicado em 2008, o custo de um voo suborbital estava na faixa de 200 mil dólares (aproximadamente R$974 mil).
De acordo com um documento de 2020 da NASA, outras empresas oferecem pacotes com valores ainda mais altos, chegando a 25 milhões de dólares (R$121 milhões).
Os planos para o futuro
O futuro do turismo espacial promete ainda mais. A NASA menciona empresas como a Bigelow Aerospace e a Orion Span, que têm projetos para hotéis orbitais de luxo. E isso não é tudo: a Space X e a Space Adventures planejam realizar voos para a Lua.
Para ser um dos primeiros turistas lunares, no entanto, o custo é deslumbrante: entre 70 e 100 milhões de dólares por passageiro.
Este é apenas um vislumbre do que poderíamos esperar do turismo espacial no futuro. Com o avanço da tecnologia e a diminuição dos custos, quem sabe o que a próxima década nos reservará nesta fronteira espacial?
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Tudo Viagem,por Celso Martins Santos