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TRIBUNA LIVRE

Vivendo o segundo como único

Coluna foi publicada nesta terça-feira (30)

Victor Maia | 30/01/2024, 10:47 h | Atualizado em 30/01/2024, 10:47
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna



          Imagem ilustrativa da imagem Vivendo o segundo como único
Victor Maia é médico psiquiatra |  Foto: Divulgação

Nos últimos três anos, eu, Victor Maia, médico psiquiatra, vivenciei situações extremas que me trouxeram à beira da morte. Essas experiências transformadoras me levaram a encarar a vida de uma perspectiva única, como se cada segundo fosse verdadeiramente inestimável. Agora, em 2024, sinto-me compelido a compartilhar as lições que aprendi sobre a importância de priorizar o que realmente importa.

Durante esse período crítico, mergulhei nas profundezas da reflexão, questionando minhas escolhas, prioridades e meus valores. A incerteza da vida tornou-se uma constante, e a fragilidade da existência humana, uma realidade inegável. Diante disso, percebi que dedicar tempo e energia ao que é genuinamente significativo é crucial.

A busca incessante por realizações materiais e sociais perdeu sua relevância. Ao invés disso, concentrei-me em fortalecer laços afetivos, cultivar relacionamentos e valorizar momentos simples de alegria. Cada riso, cada abraço, tornou-se uma dádiva preciosa, uma celebração da vida que muitas vezes passamos despercebida.

O conceito de viver o presente ganhou uma profundidade inigualável. Não há espaço para adiamentos ou procrastinações, pois cada segundo é uma oportunidade única. O trabalho deixou de ser uma mera obrigação, transformando-se em uma expressão de propósito e paixão. A carreira, antes medida por conquistas profissionais, agora é avaliada pelo impacto positivo que posso gerar na vida dos outros. Também percebi o valor de dedicar tempo para fazer o que gosto fora do ambiente profissional, escrevo poesias e toco violoncelo, resgatando minha sensibilidade artística.

Não vivo cada dia como se fosse o último, porque isso significa uma vida de adrenalina, perigosa, com riscos inimagináveis. Vivo sim cada dia como se fosse único, porque assim aprecio mais a vida. Ao viver uma experiência de quase morte, descobri a necessidade de valorizar o viver e a contemplação. Agora, entendo que é essencial parar para entender o que estou pensando, sentindo, tentando entender e lidar com os sentimentos.

A jornada de quase morte trouxe à tona a urgência de cuidar da saúde mental. Como psiquiatra, reconheço a importância de priorizar o equilíbrio emocional e a resiliência. O autocuidado tornou-se uma prioridade, com a prática da meditação e a busca por momentos de tranquilidade sendo fundamentais para manter a sanidade em um mundo muitas vezes caótico.

A vida, após o limiar da morte iminente, revela-se como uma tapeçaria intricada de experiências e emoções. Cada relação, cada escolha, desempenha um papel vital nessa obra-prima efêmera. Agradeço por cada segundo, sabendo que cada respiração é um presente valioso.

Portanto, caro leitor, convido-o a refletir sobre sua própria existência. Em 2024, em um mundo repleto de distrações e demandas incessantes, a mensagem é clara: viva cada segundo como se fosse único, priorize o que verdadeiramente importa e cultive uma vida significativa. Afinal, são nos momentos simples e autênticos que encontramos a verdadeira essência da felicidade.

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