Viragem histórica
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (29)
Leitores do Jornal A Tribuna
A missão, que o Pai confiou ao seu Filho, Jesus Cristo, foi fundar sobre a terra o Reinado de Deus: a soberania de sua vontade e de seu desígnio amoroso a favor dos homens. O Reinado de Deus – viragem histórica na vida da humanidade – não se identifica, porém, nem se limita à Igreja, pois, também, ela está a serviço do Reinado de Deus, por ser germe, princípio e “amostra grátis” dele.
No Pai-Nosso rezamos: “Venha a nós o vosso reino” e acrescentamos logo: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”, pois o mais importante e fundamental na vida cristã é fazer a vontade de Deus.
Jesus não deixou um tratado sistemático sobre o Reinado de Deus, nem sequer uma definição, mas um mosaico de imagens, parábolas e sentenças, que constituem o “esboço do Reinado”.
O Reinado de Deus é o próprio Jesus Cristo, pois Ele é, em sua própria humanidade, a presença, a reconciliação e o amor de Deus, oferecido a todos os homens; nEle, a humanidade, fragilizada pela sua incorrespondência à graça divina, recebe do Pai a vitória, na ressurreição dos mortos e glorificação de Jesus Cristo, seu Filho. Deus é um rei, que faz rei o homem, tornando-o capaz de dominar seus instintos perversos e suas paixões desordenadas.
Este Reinado se mostra visível mediante sinais: expulsão dos demônios; cura dos enfermos; a Boa Nova, anunciada aos pobres e a conversão. Paradoxo deste Reino: não tem território; nem fronteiras; nem banco, nem moeda; todos podem entrar nele e adquirir sua cidadania; todas as línguas, culturas e todos os povos são acolhidos e promovidos.
O Reinado de Deus se manifesta visível, de modo especial, no “homem novo”, adorador do Pai “em espírito e verdade”, e em todos aqueles que inspiram sua vida no estilo de vida de Cristo e nas bem-aventuranças do seu Evangelho.
Paradoxo deste Reinado: mandar é servir; ganhar é perder; viver é morrer; o primeiro é o último; grande é o pequeno; amar é dar e dar-se. Enquanto, no antireino reinam egoísmo, mentira, arrogância, a lei do mais forte, do “homo hóminis lúpus” (o homem é lobo para o outro homem), no Reino de Deus é a fé, que reina: descobrir a imagem de Deus no seu semelhante (“homo hóminis Deus”).
A Igreja reafirmou a existência de Satanás e dos espíritos malignos: tentam os homens a viverem centrados sobre si mesmos, desfigurando, deste modo, nele a imagem de Deus.
As escrituras falam de Satanás com muita sobriedade. O Evangelho revela que Cristo é “o homem mais forte”, que veio derrotar Satanás, “o homem forte”: vitória, que se manifesta nas tentações do deserto, nos exorcismos, na Cruz, no perdão dos pecados, na reconciliação entre os homens e na indefectibilidade da Igreja na sua caminhada histórica e na vitória sobre as falsas doutrinas.
Satanás, “um anjo bom, que se tornou mau por sua culpa”, sinaliza sua presença na adivinhação, magia, bruxarias, macumba, falsas doutrinas e heresias: quem é de Cristo não se aproxima delas e não tem medo dele.
SUGERIMOS PARA VOCÊ:
Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna