Um sinal de misericórdia
Coluna foi publicada no sábado (16)
Leitores do Jornal A Tribuna
Papa Francisco nasceu 87 anos atrás, em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires (Argentina). Em 13 de marco de 2013, foi eleito 266º sucessor de São Pedro – bispo de Roma e pastor da Igreja Universal. Escolheu o nome de Francisco para sinalizar seu programa pastoral: fraternidade universal, diálogo inter-religioso, ecologia integral, misericórdia pelos últimos e uma Igreja missionária.
Fiel ao estilo do “Pobre de Assis”, Francisco propõe um estilo de vida, sóbrio e austero, mais conforme ao Evangelho, e uma Igreja que faz suas as alegrias e as esperanças do homem de hoje.
Na sua primeira Exortação Apostólica, “A Alegria do Evangelho” (2013), escreve: “Sonho com uma Igreja missionária, preocupada em anunciar a Jesus Cristo com o seu testemunho de vida e não com sua autopreservação”. E para dar vida a este sonho, Francisco tem-nos surpreendido com a sua inovadora e profética “encíclica dos gestos”, pois os sinais são – como as imagens – mais eloquentes do que as palavras.
Sua primeira viagem pastoral foi a Lampedusa, pequena ilha do Mar Mediterrâneo, lugar de trágicas histórias de naufrágios de migrantes; lavou os pés a reclusos; em 2019, assinou com o Grande Imã, líder islâmico, Al-Tayyeb, a “Declaração sobre a Fraternidade Humana e a Paz Mundial”.
Beijou os pés a líderes políticos, desavindos, do Sudão do Sul. Em Lund (Suécia), comemorou os 500 anos da reforma protestante; foi visitar, na Mongólia, o país mais distante da Ásia, uma comunidade católica de apenas 1.400 fiéis. Ao povo da China, país confinante, transmitiu uma palavra de amizade, apesar de seus líderes perseguirem toda forma de religiosidade, consideradas “ópio dos povos”.
Francisco tem dado passos importantes para a consolidação de uma Igreja sinodal, de comunhão e participação. Instituiu o “Ano da misericórdia” e o “Dia Mundial dos Pobres” (2016), para realçar a dignidade dos últimos e dos marginalizados.
A missão específica da Igreja – ele proclama – é ser “um sinal de misericórdia”, neste mundo atormentado por ódios, corrupções, divisões e conflitos armados. A reforma da Cúria Romana, ultimamente realizada, visou colocar a Igreja a serviço da evangelização e ser uma ponte entre povos e culturas.
As imagens, com que ele define a Igreja, “hospital de campos”, “de portas abertas”, “em saída”, definem o seu amor para com todos, de modo preferencial, pelos excluídos, os migrantes, refugiados e sem vez, nem voz.
Suas viagens apostólicas, além de manifestarem este seu coração misericordioso de pastor, denunciam uma economia, que mata, e uma cultura, que exclui e descarta.
Elton John, famoso cantor inglês, disse, ultimamente: “Papa Francisco é, para nós cristãos, o maior dom de Deus: este homem, sozinho, foi capaz de aproximar pessoas a Jesus Cristo. Os não-católicos, como eu, se levantam para aplaudi-lo de pé. A humildade de seus gestos tocam fundo o coração de todos: na era da arrogância e da violência, Francisco é um milagre de humildade e mansidão”.
No dia de seu aniversário (domingo, 17), Deus consolide a união entre os cristãos e uma Igreja artífice de concórdia e paz no mundo.
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