Ufes reafirma seu protagonismo de olho nos desafios de 2020
Leitores do Jornal A Tribuna
Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”, nos ensina o notável educador e filósofo Paulo Freire, para quem esse gesto não é tão somente transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria construção. De modos diversos esse pensamento norteou várias gerações que se lançaram na criação e consolidação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que completa 65 anos.
Diferentes gestos empreendidos transformaram esta instituição em lugar de ciência e tecnologia, de arte e inovação, na busca de um mundo melhor.
Ao se resgatar a memória da construção da Ufes temos a percepção do lugar estratégico que ela ocupa no desenvolvimento econômico, social, ambiental, humano, cultural e educacional do Estado e do País.
Em mais de seis décadas, a Ufes cresce e amplia a sua missão de promover formação qualificada de capital humano e de impulsionar a cidadania e a mobilidade social. A presença da Ufes na vida dos capixabas transcende a relação formal entre uma instituição de ensino e o grupo social no qual ela está inserida.
O fio condutor que une a universidade à sociedade não está exclusivamente na formação de recursos humanos – este é o mais visível.
A conexão real está na sua interação com as temáticas que se originam nas ruas. E aumenta quando se estabelece uma relação multidisciplinar com a sociedade, com liberdade para o diálogo sobre temas cruciais do mundo contemporâneo, e de aspectos essenciais para o Estado e o País nas áreas de políticas públicas, economia, saúde, educação, mobilidade urbana, qualidade de vida etc.
Hoje a Ufes mantém sólida presença no contexto regional, com os seus quatro campi universitários, 1.780 professores, 1.900 técnicos, 21 mil estudantes de graduação presencial e a distância, e 3.500 na pós-graduação.
São ofertados 103 cursos de graduação presencial e 10 a distância, 62 cursos de mestrado e 31 de doutorado.
Se a universidade alcançou tamanha dimensão no desempenho acadêmico ao longo de 65 anos, deve-se também ao talento, à vibração e à dedicação da comunidade universitária, que recebe vigoroso respaldo da sociedade.
São muitos os desafios para 2020 e a próxima década. Para tanto, é preciso manter acesa a chama transformadora do desenvolvimento da educação superior pública, para que a Ufes continue a escrever a sua história de conquistas.
Prestes a encerrar mais um ciclo administrativo, a universidade reafirma o protagonismo na educação superior com significativos níveis de excelência no seu desempenho acadêmico, com reconhecimento nacional e internacional.
Em tempos de balanços e perspectivas, entendo que este momento apresenta um elevado saldo, com legados que impulsionam uma Ufes múltipla, versátil, criativa, independente e com sólida vocação para o novo e para ações transformadoras que apontam para o pleno exercício de suas potencialidades para o futuro.
Reinaldo Centoducatte é reitor da Ufes
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