Restauração de florestas nativas
Leitores do Jornal A Tribuna
O setor florestal, baseado em florestas plantadas vem ganhando reconhecimento pela sua importância e contribuição ao desenvolvimento econômico, social e ambiental do País. As plantações florestais promovem mudanças em economias regionais e locais, provocando aumento das oportunidades de trabalho e o aquecimento da economia.
O setor também investe em projetos sociais que beneficiam agricultores familiares e comunidades locais.
A participação das empresas de base florestal, especialmente de celulose, vai além das questões socioeconômicas. Restaurar florestas ambientais é uma atividade presente.
As empresas já promoveram a restauração de cerca de 5,6 milhões de hectares em Áreas de Preservação Permanente – APPs, Reserva Legal – RL e Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN (IBÁ, 2019). Em média, a cada 100 ha de florestas plantadas 72 ha são restaurados/conservados. O setor no Brasil, de modo geral, destina cerca de 42% da sua área total para fins de conservação ambiental.
No Espírito Santo os indicadores de restauração e conservação florestal são relevantes.
Estudo denominado “Atlas da Mata Atlântica do Estado do Espírito Santo”, publicado em 2018 (Seama), mostra que as áreas ocupadas por florestas nativas em estágio médio/avançado de regeneração tiveram um aumento efetivo de 27.179,5 hectares, considerando dois períodos avaliados (2007/2008 e 2012/2015).
Isso equivale, em média, a um incremento aproximado de 3.883 ha anualmente. Destaca-se que o desmatamento nesse Estado foi praticamente zero nos últimos anos, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica.
Uma grande parcela do crescimento da cobertura florestal nativa protegida, observada naquele estudo, pode ser atribuída às ações das empresas de base florestal na conservação e restauração de florestas naturais. Nas principais regiões de atuação das empresas de base florestal, encontram-se as maiores florestas regeneradas e conservadas do Espírito Santo.
As áreas reflorestadas ambientalmente e preservadas pelas empresas de base florestal contribuem para o equilíbrio ecológico, servindo também como fonte de sementes e propágulos vegetativos para a regeneração natural de florestas.
No Espírito Santo, essa contribuição é significativa, onde aproximadamente 61% do território capixaba apresenta alto potencial de regeneração natural.
Além da restauração, podemos citar o papel das florestas plantadas pelas empresas para a proteção do solo e recarga hídrica.
Independentemente de a floresta ser nativa ou exótica plantada, sendo essa última a base de matéria-prima para as indústrias de celulose, serrarias, entre outras, florestas protegem o solo e recuperam áreas anteriormente consideradas degradadas.
Florestas plantadas, conservação de florestas e restauração ambiental são vertentes igualmente trabalhadas pelas empresas de base florestal. Com essa atuação, tem-se ganhos ambientais, econômicos e sociais para toda a nação brasileira.
Gilmar Gusmão Dadalto é engenheiro agrônomo e presidente do Cedagro.
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