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TRIBUNA LIVRE

Por cidades mais amigáveis desenhadas ou redesenhadas

O uso da cidade precisa ser incentivado para que as pessoas saiam dos espaços privados e usem mais os locais públicos

HELIOMAR VENÂNCIO* | 08/11/2022, 08:15 h | Atualizado em 08/11/2022, 08:17
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


No dia 8 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Urbanismo. A data é promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a intenção de promover a consciência, a sustentabilidade, a promoção e a integração entre a comunidade e o urbanismo.

Estudos da ONU apontam que mais da metade da população mundial vive em cidades, e até 2050 chegará a 66%, o que deverá acentuar as desigualdades sociais e ambientais no já complicado tecido urbano, concentrando o consumo energético e de água, além da criação de ilhas de calor e permeabilidade do solo, dentre inúmeros problemas.

Outro fator que complica esta situação do adensamento populacional é o desenho das nossas cidades, que privilegiam o transporte através do automóvel, ao invés do transporte público, levando as cidades a terem complexos sistemas viários e a exigir grandes áreas de estacionamento.

O Urbanismo Sustentável é o caminho para equilibrar esta equação em nossas cidades, diminuindo a área para veículos automotivos com soluções e redesenho de espaços, aumentando a área e opções de transporte público, valorizando a circulação de pedestres, além é claro a multiplicação de áreas verdes e lazer para os habitantes.

O arquiteto dinamarquês Jan Gehl, referência em planejamento urbano com atuação em diversas cidades pelo mundo tem uma frase famosa: “Todas as cidades têm um departamento de trânsito para contar os carros, mas nenhuma cidade que conheço tem um departamento de projetos”. 

Pode parecer provocativo o seu pensamento, mas é uma grande verdade em uma sociedade que aceitou o automóvel como grande protagonista de nossas cidades.

Atualmente, uma cidade ‘caminhável’ é o lema e sonho de Arquitetos e Urbanistas com a transformação dos centros urbanos com calçadões, no lugar das vias automotivas, e possuir mais residências próximas dos serviços e comércios, evitando grandes deslocamentos com veículos.

Outro desejo é possuir um transporte público de qualidade e não poluidor, retirando grande quantidade de gás carbônico (CO2) das cidades, e consequentemente os gargalos de engarrafamentos.

O uso da cidade precisa ser incentivado para que as pessoas saiam dos espaços privados e usem mais os locais públicos, com a criação de ciclovias além de calçadões, áreas verdes e hortas públicas para quebrar as ilhas de calor e privilegiar o verde nas cidades, e outra ação importante seria a melhoria na iluminação pública para convidar o uso dos espaços em horário noturno, fazendo nossas cidades mais seguras e contemplativas.

Por cidades mais amigáveis desenhadas ou redesenhadas por Arquitetos e Técnicos, com participação da população e gestores públicos com valorização de energias renováveis, cuidados com os resíduos e muito verde e rios limpos para fazer nossos olhos brilharem e trazer qualidade de vida a todas as gerações.

HELIOMAR VENÂNCIO é presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do  Espírito Santo (CAU/ES).

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