Oportunidades existem, mas o que é preciso fazer?
Coluna foi publicada no sábado (09)
Leitores do Jornal A Tribuna
Nos últimos 30 anos, o Espírito Santo teve uma grande transformação industrial. Com a expansão da ArcelorMittal Tubarão, passamos a ser o 3º maior produtor de aço do País, destacando que a empresa está classificada entre as siderúrgicas mais competitivas do mundo.
Na mineração, temos o maior parque produtor de pelotas do mundo, com as unidades da Vale, na Grande Vitória, e Samarco, em Anchieta, no momento passando por uma mudança com o desenvolvimento de novas tecnologias, como briquete verde, que reduzirá sensivelmente a emissão de CO2 para a atmosfera e tornará o Estado referência no tema, que está em discussão no mundo.
No setor de papel e celulose, somos o 5º maior produtor do Brasil, com as três unidades de celulose da Suzano, em Aracruz, e as unidades de papel em Cachoeiro do Itapemirim e outra em implantação em Aracruz.
No setor de petróleo e gás, somos o 3º maior produtor do Brasil, com previsão de ampliação da produção com a instalação de uma nova plataforma da Petrobras, tipo FPSO, de exploração e produção offshore, em 2025.
Há ainda novas operadoras que estão se instalando e operando no Estado, como a PRIO, 3R, Shell, Equinor, entre outras, no mar. Em terra, com a privatização dos campos no Norte do Estado, a Seacrest, EnP, Imetame, BGM, Ubuntu, Vipetro, entre outras, têm a expectativa de retomar a produção da década de 1990, ou seja, 30 mil bpde.
Esses investimentos trouxeram desenvolvimento, criação de milhares de empregos e aumento do PIB per capta, que passou de R$ 2.600 em 1990 para R$ 34 mil em 2020.
A cadeia de fornecedores locais aproveitou as oportunidades, se qualificaram e tornaram referência nacional. Atualmente, em qualquer estado brasileiro, onde tem empreendimento industrial, existem empresas e trabalhadores capixabas, sendo que 60% da receita dessas empresas são provenientes de fora do Estado.
As expectativas para o futuro são excelentes. No Brasil, estão previstos, para o período de 2024 a 2028, mais de R$ 960 bilhões de investimentos em novos projetos para os setores mencionados, com destaque para petróleo e gás com mais de 50%, seguido de mineração, com 30%.
No Espirito Santo, no mesmo período, temos uma previsão de investimentos superior a R$ 80 bilhões, dividido entre investimento de Capital (Capex) e de operação (Opex), cerca de 50% para cada segmento, que faz do Estado um grande diferencial entre os demais, garantindo uma estabilidade nos negócios.
Para alcançar efetiva participação nessas oportunidades, precisamos continuar o trabalho coletivo que vem sendo realizado em parceria entre governo, Findes, Sindifer, Sinduscon, Sindicopes e Cdmec, visando manter o espaço conquistado, atrair novos investimentos e ampliar o mercado externo.
Para tanto é necessário investimento em capacitação e qualificação de gestores e trabalhadores, promover a competência local e desenvolver novas tecnologias e parcerias entre empresas locais e de outros estados e países.
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