Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

TRIBUNA LIVRE

O uso abusivo das drogas Z

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (03)

Maria Benedita Reis | 03/11/2023, 11:24 h | Atualizado em 03/11/2023, 11:26
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna



          Imagem ilustrativa da imagem O uso abusivo das drogas Z
Maria Benedita Reis é psiquiatra com mestrado em Ciências Farmacêuticas |  Foto: Divulgação

As “Z Drugs” (“Drogas Z”) são medicamentos hipnóticos frequentemente prescritos para o tratamento da insônia. Foram criados pela indústria para pessoas com dificuldade de iniciar o sono. Embora sejam consideradas eficazes e seguras quando usadas de acordo com a prescrição médica, seu uso abusivo tem se tornado uma séria preocupação de saúde pública.

Um dos aspectos mais alarmantes dessa tendência é o uso abusivo do Zolpidem. Casos extremos de pessoas que ingerem quantidades assustadoras dessa droga têm emergido, com relatos de pacientes que tomaram até 300 comprimidos em um único dia. Esses episódios revelam uma face sombria do uso dessas substâncias, uma vez que a busca pelo “sono perfeito” se transforma em pesadelo de intoxicação e riscos à saúde.

O Zolpidem é reconhecido pela ação rápida e eficaz no tratamento parcial de problemas de sono, mas seu potencial de abuso é uma preocupação legítima. Em busca de alívio para a insônia ou, em alguns casos, por um desejo recreativo de experimentar efeitos alucinatórios, muitos indivíduos consomem doses muito além das recomendadas, colocando suas vidas em risco.

Os efeitos colaterais do abuso de Zolpidem são significativos e preocupantes. Pacientes que ingerem doses excessivas podem experimentar alucinações, confusão, comportamento desinibido e amnésia completa. Com base nos relatos bastante difundidos pela mídia, o medicamento pode levar a situações extremas e perigosas, como enviar mensagens inapropriadas, fazer compras on-line impulsivas e se envolver em atividades potencialmente prejudiciais.

Essas histórias ganham destaque nas redes sociais, muitas vezes alimentando a curiosidade e incentivando a automedicação. No entanto, é essencial compreender que essas substâncias não devem ser usadas de forma recreativa ou indiscriminada.

O uso excessivo dessa substância pode desencadear sintomas como alucinações, amnésia e desinibição, que, do ponto de vista psiquiátrico, podem ser indicativos de disfunções cerebrais graves. Os pacientes que tomam doses excessivas também podem se envolver em comportamentos impulsivos e, em alguns casos, perigosos, levando a situações que requerem intervenção clínica urgente.

É fundamental que os profissionais de psicologia e psiquiatria estejam cientes dessas questões e estejam preparados para ajudar pacientes que possam estar abusando do Zolpidem. A avaliação psicológica e psiquiátrica minuciosa é essencial para entender os motivos subjacentes ao abuso e tratar as condições subjacentes, como transtornos de ansiedade e depressão, que podem contribuir para o uso indevido dessas substâncias.

A busca por um sono perfeito não deve comprometer a saúde e a segurança dos indivíduos. É crucial que aqueles que sofrem de problemas crônicos de sono busquem ajuda médica adequada. Nenhum medicamento pode resolver a insônia de forma definitiva; eles são parte de um tratamento amplo. Existem alternativas e abordagens não farmacológicas para tratar a insônia, e um médico pode oferecer orientações sobre o tratamento mais adequado.

SUGERIMOS PARA VOCÊ:

Tribuna Livre

Tribuna Livre, por Leitores do Jornal A Tribuna

ACESSAR Mais sobre o autor
Tribuna Livre

Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre