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TRIBUNA LIVRE

O Rio Grande do Sul: a sua e a nossa tragédia

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (17)

Rodrigo Augusto Prando | 17/05/2024, 13:00 h | Atualizado em 17/05/2024, 11:52
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna



          Imagem ilustrativa da imagem O Rio Grande do Sul: a sua e a nossa tragédia
Chuvas causam tragédia no Rio Grande do Sul |  Foto: Ricardo Stuckert / PR

Sabemos da catastrófica situação de nossos concidadãos, moradores do Rio Grande do Sul, atingidos por chuvas incessantes que causaram mortes e perdas materiais inimagináveis. A vida cotidiana, assim como no período pandêmico, está suspensa. Sociologicamente, há um contexto de patologia social e, por isso, há que se preocupar para que não se degenere para uma anomia.

Segundo estimativas do governo gaúcho, serão necessários R$ 19 bilhões para a reconstrução do estado, em ações de: resposta, assistência, restabelecimento e reconstrução. É o maior desafio político sobre um governador, no caso, Eduardo Leite, nos últimos 50 ou 100 anos. O pior é pensar e projetar que tais eventos climáticos extremos poderão, em um curto espaço de tempo, se repetirem e trazerem tudo isso à tona novamente.

Especialistas asseveram a necessidade de mudar cidades inteiras de lugar. Mudar uma cidade de lugar? Sim, pois a continuidade dessa formação territorial trará, não raro, novas catástrofes.

Uma população que, neste momento, vivencia o choque da perda – humana, de animais, de bens materiais – que terá que, social e psicologicamente, reconfigurar suas vidas. Rememoremos às guerras, os rompimentos de barragens, os terremotos e os incêndios de grandes proporções. Tudo traz não apenas feridas físicas, perdas materiais, mas impactos à saúde mental dos atingidos, todos, sentem e sentirão os resultados da vivência traumática.

Não bastassem as desgraças já ocorridas, pululam nas redes sociais e nas ruas um conjunto de fake news que são direcionadas para intenções distantes da ética e da decência humana.

A fake news não é uma mera mentirinha. Ela é produzida com objetivo de ser uma mensagem fraudulenta em seu conteúdo e que toma a forma de uma informação assentada em fatos, mas que causará prejuízo econômico, político e trará vantagens para os disseminadores. O mecanismo das teorias da conspiração, da pós-verdade e do negacionismo sempre busca captar atenção pelo apelo emocional, de uma informação extraordinária, que tem que ser compartilhada antes que a tirem de circulação. Ganham, em pouco tempo, as redes e as ruas, formando narrativas que pouco tem compromisso com a verdade.

Todos podemos contribuir: com doações, trabalho voluntário, ações de conscientização e não divulgando informações incompletas ou não verificadas.

Independentemente de nosso grupo ou classe social, nossa vida pode mudar abruptamente e que teremos que tratar de forma profunda, séria e científica da relação da humanidade com a natureza, da ocupação do solo e da formação de nossas cidades. Estaremos, em breve, em período eleitoral e cabe, como cidadão, questionar candidatos: o que propõem sobre esses temas? Às catástrofes? A ocupação do solo? Aquecimento global?

Se isso seja demasiado difícil para uns, lembro da simplicidade de meus pais, de cultura caipira: “muito ajuda quem não atrapalha”. A tragédia deles é, na verdade, nossa.


          Imagem ilustrativa da imagem O Rio Grande do Sul: a sua e a nossa tragédia
Rodrigo Augusto Prando é professor, cientista social, mestre e doutor em Sociologia |  Foto: Divulgação

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