O perfil da mulher empreendedora no Brasil
Coluna foi publicada no sábado (24)
Leitores do Jornal A Tribuna
Pesquisa realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) em 2023 revela que 77% das mulheres brasileiras começaram a empreender depois da maternidade. A verdade é que mais da metade da população feminina ingressou no empreendedorismo por necessidade.
Para elas, ter a própria renda é fator primordial na busca por independência. Hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somos mais de 104 milhões entre os habitantes do Brasil. A força e a persistência feminina estão por todos os lados. Não é apenas uma percepção: nós somos a maioria.
No que diz respeito ao perfil da mulher empreendedora no País – por mais que nos surpreenda a cada dia e até aquelas que sequer cogitavam a possibilidade de abrir o próprio negócio, mas se permitiram criar –, há características comprovadas por estudos que revelam quem elas são.
A Pesquisa Global de Empreendedorismo GoDaddy 2024, por exemplo, revela que 50% das mulheres donas de negócios fazem parte dos Millennials (com idades entre 25 e 39 anos).
Sobre a presença do público feminino no meio digital, pode-se dizer que as mulheres são maioria neste ambiente, acreditam no poder do posicionamento digital e, embora a maioria delas ainda não saiba, já possuem habilidades naturais para tal, capazes de serem aprimoradas através de especializações e mentorias com profissionais experientes.
Esse mesmo relatório da GoDaddy confirma a proximidade – e a confiança – delas com a tecnologia: 81% das entrevistadas acreditam na importância de ferramentas digitais como a Inteligência Artificial e 96% das empreendedoras afirmam que utilizam a internet para o trabalho, segundo o Instituto Rede Mulher Empreendedora. A realidade se traduz em: 9 em cada 10 mulheres utilizam as redes sociais para operações on-line de seus empreendimentos e divulgação de seus produtos.
Por isso, a sociedade como um todo deve ser grande entusiasta do empreendedorismo feminino e dos grupos que as conectam cada vez mais com seu potencial e os “devaneios” de ser dona do seu próprio negócio. Se nos séculos passados fomos encarceradas e restringidas a determinadas ocupações, hoje estamos presentes em setores dos mais variados. Pensamos fora da caixa a todo momento.
Claro que, com todos os talentos e as habilidades inerentes a nós, pendemos a investir em nichos com os quais nos identificamos mais como alimentação, beleza e cosméticos, artesanato e vestuário, que segundo pesquisas contabilizam os principais ramos de atuação feminina atualmente.
Prontas para transformar desafios em oportunidades, resilientes e, acima de tudo, disponíveis não só a aprender como também a interagir com quem as faça evoluir, para nós mulheres, deter conhecimento é investir no próprio autodesenvolvimento. É dar a si mesma a chance de começar algo novo ou de recomeçar algo que não estava funcionando, mas com outro olhar sob as perspectivas.
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Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna