O futuro digital começa com menos complexidade
Plataformas Low-Code democratizam a criação de soluções e aceleram a inovação nas empresas
Durante muito tempo, programar foi algo distante da maioria das pessoas. Era coisa de engenheiro de software, gente com domínio técnico e muitos anos de formação. Construir uma solução digital significava reunir uma equipe grande, seguir cronogramas longos e investir pesado em tecnologia. Mas isso está mudando, e rápido. As plataformas Low-Code e No-Code estão abrindo caminho para que mais pessoas possam criar soluções com velocidade e eficiência, mesmo sem saber programar. O que antes era restrito a áreas de TI agora começa a fazer parte da rotina de times de negócio, operação, jurídico e atendimento.
No setor financeiro, essa mudança tem sido ainda mais evidente. Bancos, fintechs e gestores públicos já usam essas ferramentas para acelerar entregas, automatizar processos e responder com mais agilidade às exigências do mercado e da regulação.
Testar novas ideias ficou mais simples. Criar um fluxo de atendimento, um modelo de análise ou um sistema interno já não depende, necessariamente, de uma fila no backlog da TI.
Isso muda completamente a lógica de inovação dentro das instituições. Depois de mais de 20 anos trabalhando com tecnologia e gestão pública, vejo esse movimento com bons olhos. Ele quebra um ciclo antigo de centralização e traz mais protagonismo para quem está na linha de frente.
Quem entende o problema, hoje, também pode fazer parte da construção da solução. Claro que isso não elimina a importância da governança, da segurança e da integração dos sistemas. Pelo contrário: essas bases continuam essenciais. Mas agora há espaço para colaboração real, e não apenas entre áreas, mas entre perfis diferentes de profissionais.
Essa mudança vai além da tecnologia. É uma virada cultural. A ideia de que só quem sabe programar pode inovar está ficando para trás. E, com isso, o papel da tecnologia nas organizações muda também. Deixa de ser um fim em si mesma para se tornar um meio, um caminho para resolver problemas reais, melhorar processos e entregar valor com mais rapidez.
Em um cenário cada vez mais dinâmico, onde exigências como LGPD, Open Finance e experiência do cliente se misturam, ter velocidade para agir faz toda a diferença.
Inovar com propósito, com base nos dados certos e no tempo certo, pode ser o grande diferencial entre quem só acompanha o mercado e quem realmente consegue liderar transformações.
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