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TRIBUNA LIVRE

O ensino da música em meio ao distanciamento social

| 03/12/2020, 10:48 h | Atualizado em 03/12/2020, 10:59
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


Todos nós, em algum momento da vida, vimos a típica cena de uma professora de piano sentada em um banco, ao lado de seu aluno, lendo partituras e ensinando acordes. Essa imagem se eternizou em filmes, novelas, séries e desenhos animados dos mais variados tipos, mas infelizmente, parece ser uma realidade cada vez mais distante.

A pandemia do novo coronavírus impossibilitou um dos elementos mais significativos no ensino da música: o contato direto com o aluno.

Em um cenário onde o distanciamento social é a regra, os professores de música precisaram se reinventar. No início, em meados de março, tudo parecia sem jeito: as videoconferências eram confusas, a imagem não era boa, o som não chegava de modo satisfatório. Assim, foi necessário que juntos, alunos e professores, chegassem a um denominador comum para diminuir as distâncias. Agora já chegando ao final de 2020, o horizonte parece ser outro.

Durante os meses da pandemia, muitos professores precisaram voltar a ser alunos: em tutoriais de vídeos na internet, procuraram a melhor forma de posicionar a câmera, mesmo a do celular, para melhor ver e ser visto pelos alunos.
Estes, por sua vez, viram a necessidade de ser professores de si mesmos: dentro de suas possibilidades, montaram em casa pequenos estúdios de gravação, com iluminação adequada, ângulo correto e maior rigor com a captação do som. O contato físico com o professor na hora de corrigir um acorde mal construído, seja no braço de um violão ou nas teclas do piano não é mais possível.
Ainda não se sabe ao certo quando será seguro voltar com as aulas totalmente presenciais. Durante a pandemia, muitas empresas de tecnologia lançaram equipamentos para fazer com que o streaming ficasse melhor e mais refinado, de modo a proporcionar para professor e aluno maior nitidez e clareza na imagem. Os dispositivos de captação de som também ficaram em evidência.


Um fato é certo: alunos e professores vão atravessar a pandemia e terão mais autonomia para produzir seus próprios materiais e gravações com qualidade, além de ter a capacidade de desenvolver maior senso crítico para avaliar ou executar um trabalho, afinal de contas, passaram meses sendo técnicos de si mesmos.

A Covid-19 pode ter tornado quase impossível o contato, mas ela não impossibilitou a música. Muitos músicos que antes não tinham espaço para se apresentar, agora veem na internet um canal possível e produtivo para performar. Outros passaram a utilizar o mundo online para dar aulas, trabalhar e manter a renda.

Até mesmo os concursos e premiações de música precisaram se reinventar. Um concurso realizado na Ucrânia, por exemplo, pode ser concorrido dentro da sua casa de forma online. No Espírito Santo, quatro prodígios do piano foram laureados com prêmios em concursos muito concorridos na Grécia, Portugal, Indonésia e Ucrânia e Colômbia sem sair do Estado.

A música não parou na pandemia. Pelo contrário, ela tornou-se um bálsamo para aqueles que, afastados de pessoas queridas e das rotinas que envolvem o contato social, encontram nas melodias a esperança de dias melhores.

Janne Gonçalves é professora de piano e diretora da Escola de Música Gabriel Camargo.

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