Jocarly Martins de Aguiar Júnior |  Foto: Tribuna Livre

O ano de 2020 ficará marcado na história pelos graves efeitos decorrentes da pandemia provocada pela Covid-19, e seu complexo e enorme rol de consequências.

Primeiro pelas milhares de vidas perdidas e as respectivas famílias enlutadas, e, depois, em razão das graves repercussões econômicas e sociais ainda não completamente avaliadas, mas cujos efeitos certamente perdurarão por muitos anos.

Esse novo contexto social obriga adaptações para que importantes eventos e festividades cívicas, como o tradicional “7 de setembro”, possam acontecer, agora com rígidos protocolos para a preservação da saúde das pessoas.

Assim, ao contrário do grandioso desfile no ano de 2019, quando 20 mil pessoas, entre público e participantes, puderam acompanhar as exibições a pé, em barcos e em helicópteros, o feriado da Independência será marcado por uma rápida solenidade realizada no 38º Batalhão de Infantaria, com a presença do governador do Estado, acompanhado de poucas autoridades civis e militares.

Marcada pela alegria das crianças e demais participantes que desfilam ou assistem a passagem dos orgulhosos profissionais militares e da segurança pública e de instituições civis, a solenidade deste 7 de setembro será rápida e singela. Entretanto, servirá para lembrar a Independência do País não apenas como gesto histórico ou político realizado há 198 anos.

Em tempos de democracia e do enfrentamento dos novos desafios a cada dia impostos ao poder público, aproveitamos a memória da Independência como uma oportunidade para buscar o aperfeiçoamento da cidadania, da união e da solidariedade, sobretudo diante da perda de vidas, mas, também, da erosão de empregos, oportunidades, aulas, lazer e tantas outras consequências de toda ordem provocadas pela pandemia.

No entanto, ao mesmo tempo, em que nos induz ao não esquecimento das dificuldades que ainda estão sendo enfrentadas, e da responsabilidade embutida nesses desafios, o feriado da Independência nos permite também um olhar para o horizonte, agora lembrando do que escreveu a célebre poetisa Cora Coralina, (...) “mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros”.

E esses passos de esperança continuam sendo dados pelo governo do Estado. Sob a liderança do governador Renato Casagrande, e de sua equipe, as medidas eficazes, tomadas com base científica e técnica, contando inclusive com nota máxima em transparência (segundo avaliação de importante organização não governamental), além da seriedade no trato com as contas públicas, junto com a força e a solidariedade dos capixabas, certamente vão nos permitir continuar rumando para superar os problemas provocados pela pandemia, e, quem sabe, em breve, o retorno ao tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro em plenas condições de segurança para saúde de todos.

Hoje, nossos cumprimentos aos capixabas, em nome do governo do Estado, serão realizados pelos integrantes do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo – Notaer, que, em nossos helicópteros, empunharão as bandeiras do Brasil e do Espírito Santo como símbolos da importância do sentimento de civismo, cidadania e união social.

JOCARLY MARTINS DE AGUIAR JÚNIOR é coronel da PM e secretário-chefe da Casa Militar