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TRIBUNA LIVRE

Nova esperança para quem sofre de doenças como o Alzheimer

| 20/03/2022, 10:59 h | Atualizado em 20/03/2022, 11:00
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


A pesquisa científica traz uma nova esperança para quem sofre de doenças neurodegenerativas, como o mal de Alzheimer. Uma equipe liderada por cientistas brasileiros descobriu um marcador que leva ao envelhecimento do cérebro.

Essa descoberta pode lançar bases para o desenvolvimento de medicamentos que podem, de certo modo, rejuvenescer as células nervosas.

O estudo, dirigido pela pesquisadora Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ), vai no caminho de uma fronteira que ficou por muito tempo inexplorada e desconhecida: as células gliais, em especial os astrócitos. 

Componentes de praticamente metade do cérebro, acreditava-se que essas estruturas cumpriam apenas o papel de estruturar e manter o esqueleto físico cerebral, além de eliminar toxinas e impurezas.

Com a pesquisa, descobriu-se que elas são importantes também para a comunicação dos neurônios e podem ter o processo de envelhecimento pausado e revertido. 

O estudo também mostrou que não somente o Alzheimer e o Mal de Parkinson podem ter uma boa resposta aos medicamentos. 

Existe uma perspectiva de que diversas doenças neuropsiquiátricas, como depressões resistentes, com ideação e comportamento suicida, por exemplo, poderiam ser tratadas com novos medicamentos que atuem pela via das células gliais. 

A ciência está começando a olhar para as células da glia também com interesses terapêuticos e preventivos no futuro. Sabemos que, até agora, o Alzheimer é incurável e tem um componente genético que influencia bastante no seu desenvolvimento. Porém, é possível fazer o “controle de danos”, com hábitos saudáveis.

Um dos mais importantes é a socialização. Criar uma rede de apoio e confiança é essencial. É interessante manter-se, dentro dos limites possíveis dado o cenário pandêmico, perto de pessoas que te fazem bem. O isolamento total não faz bem ao cérebro. Outro bom hábito é cultivar a higiene do sono, evitando excesso de telas antes de dormir.

A alimentação também é um fator de grande importância para manter as células cerebrais saudáveis. Invista em alimentos de verdade, como frutas, verduras, legumes e carnes magras, de preferência peixes. Evite ao máximo embutidos, doces em excesso, álcool e o cigarro.

Outra forma de tentar frear o avanço das doenças neurodegenerativas é a prática regular de exercícios físicos. Procure uma atividade que te dê prazer, e faça por pelo menos 30 minutos, todos os dias. Manter-se em movimento eleva o metabolismo, melhora a capacidade cognitiva e a memória. 

Não há dúvidas de que a ciência trabalha para melhorar nossa qualidade de vida. A pesquisa com as células gliais é uma prova disso. Enquanto a resposta não chega pela pesquisa, podemos fazer a nossa parte para ter um envelhecimento com mais dignidade.

JOSÉ LUIS DE OLIVEIRA é médico psiquiatra e membro da Associação Psiquiátrica do Estado.

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