Nada será como antes. Vivemos o nascimento de uma nova era
Leitores do Jornal A Tribuna
Quem já teve um bebê sabe exatamente como são as horas que antecedem ao parto: turbulência total e absoluta no corpo físico e no emocional. Tudo parece estar fora do lugar, a ansiedade aumenta, a pressão sobe, o corpo geme, as incertezas se multiplicam, o medo de que algo pode dar errado apavora qualquer mulher.
Mas aí, quando a turbulência é mais intensa e tudo parece convergir para o caos, acontece o milagre e uma nova vida surge, deixando para trás todas as dores e incertezas. Descobre-se nesse momento que valeu a pena toda aquela agitação e até que foi fácil passar pela tempestade.
No plano espiritual é mais ou menos assim que nascem as novas eras e os planetas evoluem. É quando a escuridão é mais intensa que surge a luz.
Muito já se falou da transição planetária, mas pouca gente deu atenção ao assunto. Parecia coisa de esotérico essa conversa de migração da Terra para outra dimensão, outra frequência. Os racionalistas sempre encontram um jeito de descredenciar aquilo que eles ainda não conhecem.
O fato é que estamos vivendo o nascimento de uma nova era. O planeta está em trabalho de parto, sofrendo todas as dores e angústias que antecedem qualquer nascimento. A frequência do planeta está sendo elevada. Uma mudança se faz necessária e urgente.
Acho que todos concordam que do jeito que estava não podia continuar. O ser humano evoluiu muito na ciência e na tecnologia, parabéns. Mas continua jurássico no que diz respeito à espiritualidade. É só dar uma olhada na internet para constatar o grau de ferocidade da espécie humana. Uns investindo contra os outros como feras selvagens.
A sociedade que até aqui privilegiou o cérebro em detrimento do coração; que se preocupou em ensinar matemática, física e química, considerando as artes e as ciências humanas uma bobagem; a sociedade que achou que o masculino, os números e a agressividade resolveriam tudo, simplesmente caducou, precisa morrer!
Quando ouço alguém reivindicando a volta da normalidade, fico me perguntando: por que algo que estava em completa degeneração causa tanta saudade?
O que estávamos vivendo antes dessa pandemia não era normal. Pessoas cada vez mais violentas... uma corrida louca atrás de dinheiro, poder e fama... jovens completamente dependentes de drogas lícitas e ilícitas... fundamentalismo religioso em escala crescente... violência doméstica em alta... individualismo exacerbado... consumismo irracional... o odioso preconceito se manifestando sem nenhum pudor à luz do sol... Essa é a normalidade que precisa voltar?
Deus nos livre disso. Nada será como antes. Todo o sofrimento que o coronavírus está promovendo precisa servir para alguma coisa. Precisa nos fazer enxergar que a nossa breve passagem pela Terra tem que ser mais digna.
O ego, que até aqui esteve no comando das ações humanas, precisa morrer para dar lugar à Divindade que está adormecida dentro de cada um de nós.
Jane Mary de Abreu é jornalista, consultora de marketing e autora do livro “Tudo é perfeito do jeito que é”.
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