Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

TRIBUNA LIVRE

Moqueca, marca do capixabismo e uma experiência de sabores

Manoel Goes Neto | 08/10/2022, 11:45 h | Atualizado em 08/10/2022, 11:46
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


A experiência de saborear uma moqueca de peixe capixaba bem preparada, com todos os temperos que aguçam o nosso paladar é marcante. De acordo com os historiadores, a moqueca é de origem indígena antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil. A palavra moqueca é derivada do tupi “pokeka” que significa “enrolado”, onde usavam o peixe enrolado em folhas, e assados em um tipo de forno “moquém”.

 Assim como outros pratos da gastronomia capixaba, a moqueca passou por uma intensa mistura de culturas: colonizadores europeus, indígenas e africanos. 

Essa miscigenação de tradições encontrou a tradição pesqueira, fazendo nascer pratos únicos, saborosos e cheios de histórias. 

“Peixe em postas, cebola e tomate picados, suco de limão, azeite, óleo, sal, colorau (urucum) pimenta e coentro a gosto. Tudo arrumado em uma panela de barro, deixe cozinhar por 25 minutos e se faz a “alquimia”. Acompanha arroz branco e pirão” -  receita tradicional da verdadeira moqueca capixaba.

A moqueca capixaba é um prato riquíssimo de sabores, aromas e tradições. Destaque da gastronomia capixaba. 

Servida nos principais restaurantes do  Espirito Santo, e que atrai turistas de todo o Brasil e até de fora, interessados em degustar esse verdadeiro símbolo da nossa culinária, marca do capixabismo. 

Capixabismo é cultuar o Espírito Santo, é defender a nossa cultura, os nossos costumes, nossas gírias, nossa culinária. E a moqueca, não seria capixaba, sem a tradicional panela de barro. 

Ofício realizado até hoje pelas paneleiras de Goiabeiras. A panela de barro também já é reconhecida como Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O capixaba não resiste a uma boa moqueca, preparada na tradicional panela de barro. O prato, que é motivo de orgulho para o nosso povo, ganhou até uma data especial no calendário, para não passar em branco. 

Instituído por lei estadual em 2003 como comida típica do estado e; em 2012; por lei municipal, que inclui este dia no calendário municipal como o “Dia da Moqueca Capixaba”, completados 10 anos no último 30 de setembro, o que não deixa de ser mais um bom motivo para lembrarmos um pouco mais sobre as origens dessa delícia que tanto apreciamos.

 A data escolhida (30 de setembro) homenageia o dia do aniversário do mestre, jornalista, escritor Cacau Monjardim, um grande capixaba, e que imortalizou uma citação sua conhecida em todo o país: “Moqueca é capixaba, o resto é peixada”. E afirma ainda: “panela de barro tem que ser as das paneleiras de Goiabeiras, as outras são “tralhas” de cozinhar”.

MANOEL GOES é gestor cultural, escritor, diretor no IHGES.

SUGERIMOS PARA VOCÊ:

Tribuna Livre

Tribuna Livre, por Leitores do Jornal A Tribuna

ACESSAR Mais sobre o autor
Tribuna Livre

Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre