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TRIBUNA LIVRE

Medo da vacina contra covid?

Alexsandro Rudio Broetto | 22/12/2021, 10:37 h | Atualizado em 22/12/2021, 20:24
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


Os revoltados não nasceram hoje. Na história da humanidade, o que mais existe é revolta. A principal origem das agitações é a necessidade de mudança, uma parte da sociedade não concorda, e o alvoroço começa. 

Independente se estão certos ou errados não podem ser condenados, afinal, poupar energia e acomodar-se faz parte do instinto de sobrevivência do homem pré-histórico, devido à escassez de alimentos que se tornou um hábito e, infelizmente, se estende até a sociedade contemporânea.

Atualmente, há uma manifestação de revolta envolvendo a medicina conhecida como movimento antivacina. Não  é a primeira vez que a população se revolta contra uma vacina. Na verdade, em 1904, houve uma revolta muito maior e ficou conhecida como a Revolta da Vacina. 

A Revolta da Vacina aconteceu no Rio de Janeiro, quando ainda era capital do Brasil, entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904. O povo insatisfeito protestou contra a Lei da Vacinação Obrigatória e também contra os serviços públicos prestados. A anti-varíola foi a vacina responsável por essa revolta, obrigatória para todo brasileiro maior de seis meses de vida.  Foi o sanitarista Oswaldo Cruz que colocou o projeto em prática.

 Oswaldo Cruz, ao assumir a diretoria Geral de Saúde Pública em 1903, promoveu a campanha de saneamento básico da cidade e tomou a decisão de erradicar doenças como  febre amarela, peste bubônica e  varíola. Em junho de 1904, o governo tornou a vacinação da população obrigatória e, apesar da campanha contrária, foi aprovada em 31 de outubro. 

 A população não teve nenhum acesso à informação de alerta e esclarecimento sobre a vacina, nem sobre formas de higiene e até mesmo sobre as maneiras de se prevenir. Então, ficou indignada e, houve uma insatisfação generalizada contra as atitudes do governo, o que fomentou a Revolta da Vacina.

Os funcionários de Saúde Pública invadiram as casas das pessoas com a proteção da polícia, utilizando a força para vacinar. A população, por sua vez, enfrentou à bala e resistiu com a frase de ordem que dizia que é direito do cidadão a opção de recusar o líquido desconhecido para preservar seu próprio corpo.

O estopim da Revolta da Vacina ocorreu quando foi publicado no Jornal o projeto de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória. Nesse projeto estava explícita a obrigatoriedade de comprovação da vacina para se casar, se empregar, viajar, se hospedar e até se matricular em escolas.

O fim da revolta ocorreu com o cancelamento da vacinação obrigatória no dia 16 de novembro. Depois disso, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada e a utilização da vacina tornou-se opcional.

O direito à saúde coletiva sempre prevaleceu sobre a liberdade de consciência e de convicção  filosófica. Hoje, consegue-se entender. E olhe que as vacinas não são novidade para a população. 

Analogamente ao que aconteceu com a população da revolta da vacina. Os questionamentos eram os mesmos. Exceto o fato da força política e até violenta.

Obviamente, contextos diferentes. Pouco se sabe ainda sobre a covid. A esperança é  que olhem daqui a uns anos e digam que a vacinação salvou muita gente.

Alexsandro Rudio Broetto é advogado.

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