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Maternidade: vocação e missão

Coluna foi publicada na segunda-feira (13)

Padre Ernesto Ascione | 15/05/2024, 17:46 h | Atualizado em 15/05/2024, 17:46

Imagem ilustrativa da imagem Maternidade: vocação e missão
Padre Ernesto Ascione

A maternidade é uma das maiores glórias da mulher e, ao mesmo tempo, uma das experiências mais profundas do amor humano: a maternidade sempre constituiu o ideal autêntico da mulher. É na maternidade, de fato, que ela se realiza como pessoa, na sua vocação e missão. Os povos agrícolas viam na terra fecunda a grande mãe, que recompensava seus filhos com os frutos misteriosos, que surgiam de suas entranhas.

A história bíblica relata a situação da mulher, que, naquela sociedade, teocrática e piramidal, sofria preconceitos. E, por vencer o desprezo, por não conseguir o dom da maternidade, se sujeitava a toda espécie de sacrifícios e renúncias.

Os textos bíblicos, se não forem lidos dentro do contexto histórico-cultural, em que foram escritos, levam a interpretações aberrantes. O relato javista da criação – elaborado pelos sacerdotes do templo e os doutores da lei – lido literalmente, levou os judeus a menosprezarem a dignidade da mulher, considerando-a inferior ao homem: por ela ter sido criada depois do homem e porque foi retirada da carne dele. Sendo uma parte dele, era reduzida a servir o homem: a dar-lhe prazer e a gerar filhos. Esta dependência e a dor pelo parto eram o merecido castigo, por sua desobediência.

A Encarnação do Filho de Deus elevou e dignificou o mundo feminino e maternal. Se Eva contagiou, por sua rebeldia, a humanidade inteira, Maria, pela sua fé, a salvou da perdição e da morte: em Eva, abundou o pecado; em Maria, superabundou a graça.

Colocada no centro da obra da redenção, Maria, por sua fé tamanha, atrai o Messias sobre a Terra, tornou-se modelo perfeitíssimo, de toda mulher e de toda mãe, como também da própria Igreja e de toda a humanidade.

Não, por acaso, foram as mulheres, que seguiram a Jesus de modo apaixonado. Tendo como pano de fundo, o amor preferencial pelos pobres, Jesus acolheu as mulheres ao seu séquito. Lucas, “cantor da misericórdia divina”, sublinha, de modo especial, no seu Evangelho e nos Atos, a presença significativa delas:

Isabel, Maria, Ana, a profetisa, Maria Madalena, Joana, Susana, Marta e Maria, a mulher encurvada, a mulher, da moeda perdida, a viúva insistente, a viúva da oferta no Templo, as mulheres no caminho do calvário e debaixo da cruz, a sogra de Simão, a hemorroíssa, a filha de Jairo, a pecadora pública, as mulheres, testemunhas da ressurreição, Maria e outras mulheres, orando, junto com os apóstolos, no cenáculo, no dia de Pentecostes.

No “Dia das Mães”, a Igreja colhe a ocasião para ver como está exercendo sua vocação e missão maternal: numa atitude jurídica e de arrogância ou acolhedora e amorosa, a favor de seus filhos, de modo especial, pelos mais frágeis e desprezados?

Sem essa dimensão maternal, radicalmente vivida, ela corre o risco de perder o traço mais característico de sua rica e bonita personalidade. Desse modo, traindo sua vocação e missão e as expectativas da humanidade, que, sendo uma família, anda à procura de uma mãe, para ver nela a imagem daquela misericórdia divina que sempre sonhou.

- Padre Ernesto Ascione é missionário comboniano

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