Integridade e compliance: valores a serem buscados nas empresas
Leitores do Jornal A Tribuna
Empresas em todo o mundo, sem distinções de porte ou setor de atuação, têm buscado estabelecer políticas internas mais exigentes por meio de programas de integridade e compliance. Esse é um instrumento que tem como objetivo sistematizar e aperfeiçoar ferramentas da organização num esforço de prevenção a más práticas. O termo compliance vem do inglês “comply”, que significa cumprir, agir de acordo com as regras.
No dia a dia das empresas, um setor de compliance, junto com a governança, tem como missão principal garantir que todos os integrantes sigam o código de conduta estabelecido. Empresas que priorizam a ética e aplicam esses conceitos em suas rotinas, coíbem substancialmente as chances de irregularidades.
O tema vem ganhando visibilidade, especialmente depois que a Lei nº 12.846/2013, conhecida como lei anticorrupção ou lei da empresa limpa, se tornou um marco no meio corporativo.
O texto aborda a responsabilidade das empresas com relação aos atos ilícitos praticados contra a administração pública.
Ao defender e oferecer ferramentas para que boas práticas sejam incentivadas e implantadas, as empresas criam uma cultura de bem-estar organizacional. Importante reforçar que esse conjunto de regras deve ser obedecido por cada um dos atores do cenário corporativo, de gestores a colaboradores.
Para que essas empresas se tornem de fato ambientes onde a ética e a transparência estejam presentes, é essencial que exista um canal de denúncias confiável.
Com isso, qualquer pessoa pode contribuir com alertas sobre situações suspeitas ou que desrespeitem o código de conduta proposto, as políticas internas e a lei.
Programas de integridade demonstram seriedade e colaboram para solidificar a confiança da sociedade em uma instituição. Os exemplos de boas práticas na política organizacional enviam uma mensagem clara do posicionamento íntegro e de excelência para os públicos interno e externo.
No momento em que a Lei Geral de Proteção da Dados (LGPD) nos exige cada vez mais cuidados com dados pessoais e empresariais, integridade é palavra de ordem.
Em empresas de saúde, como a Unimed Vitória, o programa de integridade existe desde 2018, com direcionamentos de prevenção a atos antiéticos e de corrupção. Nesse ambiente de trabalho, diversidade e inclusão são fundamentais. Discriminação, assédio moral, sexual ou intimidação são inadmissíveis.
Decisões, riscos e oportunidades são sempre compartilhados, para evitar, detectar e corrigir situações inadequadas que podem afetar os valores de uma empresa.
O meio corporativo deve estar em constante evolução e se adequar à evolução da sociedade. Cabe a nós, como cidadãos, ficar atentos a esses valores e escolher empresas comprometidas de fato com valores éticos.
FERNANDO RONCHI é médico e diretor-presidente da Unimed Vitória
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