Hiperpersonalização no ensino
Educação entra em nova era com a hiperpersonalização do ensino on-line por meio da inteligência artificial
A forma como adquirimos conhecimento mudou consideravelmente ao longo dos últimos anos. Antes, a única opção era se matricular em cursos presenciais, sair de casa, enfrentar algum trânsito e frequentar a sala de aula em dias e horários específicos. Além disso, muitas vezes, as turmas eram somente coletivas, o que dificultava uma atenção especial ou personalizada do profissional de ensino.
Graças à popularização da internet e dos dispositivos tecnológicos, principalmente o smartphone, as pessoas tiveram acesso a uma série de conteúdos no meio virtual. Com a educação a distância (EAD), tornou-se possível estudar em qualquer hora do dia e lugar: em casa, no trajeto para o trabalho e até em passeios e viagens. Assim, quem tem uma rotina atarefada passou a ter uma alternativa para se especializar mais.
Apesar das facilidades proporcionadas ao estudante, a modalidade remota também apresenta falhas similares ao estudo presencial. Isso porque, na maioria das vezes, os alunos dos cursos on-line também são tratados de maneira generalizada. Os conteúdos são repassados da mesma forma para todos os inscritos, sem levar em consideração o nível de conhecimento e habilidades de cada um.
É diante desse cenário que surge uma das tendências da educação para 2025 e os anos seguintes: a hiperpersonalização, também chamada de hipercustomização. Como o próprio nome sugere, o intuito é promover uma experiência personalizada de aprendizagem para cada indivíduo. Para isso, a ideia é estudar o comportamento do usuário, coletar e analisar os dados e, então, oferecer produtos, serviços e soluções de acordo com suas reais necessidades.
Para entender melhor sobre o conceito, podemos falar dos cursos de inglês on-line como exemplo. Para aprender um novo idioma, são necessárias quatro habilidades: fala, escuta, leitura e escrita. Muitas vezes, no entanto, o aluno tem muita aptidão para falar a língua, mas sente dificuldades para ler e escrever, ou vice-versa.
Com o uso de uma Inteligência Artificial de hiperpersonalização, essas diferenças podem ser identificadas durante as interações com as plataformas. A partir dessa coleta, o estudante passa a receber materiais, conteúdos e lições focadas na habilidade que ele mais precisa ou deseja se dedicar.
Essa customização geralmente não ocorre nos tradicionais cursos de idioma, com aulas presenciais, turmas coletivas e um conteúdo e formato pré-definido e sem flexibilizaçao, já que é humanamente impossível um professor conseguir identificar e dar essa atenção às demandas particulares de todos os alunos matriculados. Além disso, cada estudante possui histórias de vida e rotinas diferentes, o que também impacta o aprendizado de uma nova língua.
De forma geral, a hiperpersonalização da educação permite que as mais variadas instituições de ensino entendam o perfil dos estudantes com mais profundidade e ofereçam uma experiência cada vez mais assertiva e eficaz. Essa é, sem dúvidas, a principal evolução do setor educacional para os próximos 15 anos.
MATÉRIAS RELACIONADAS:



