Futuro da Medicina: menos cirurgia e mais controle da dor
Leitores do Jornal A Tribuna
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% de toda a população mundial sente dor constante durante a vida. O mercado do manejo da dor movimenta cerca de 1 trilhão de dólares anualmente nessa busca incessante pelo controle da dor. Em um mundo onde o tempo passou a ter enorme relevância, pelas inúmeras oportunidades, pela consciência de sua finitude e pelo desejo em fazer o que realmente importa, as pessoas no mundo atual têm pressa em se livrarem da dor.
Sentir dor passa a ser inadmissível por boa parte da população mundial, por estarem vivendo uma dicotomia entre o avanço da tecnologia e a lentidão prática da medicina do dia a dia.
As empresas querem que seus colaboradores fiquem sem dor para terem melhor produtividade. Já as pessoas não querem mais sentir dor após uma cirurgia, ou pelo câncer, ou por um acidente. Elas também não querem operar logo que sentem dor, como no caso da artrose.
As pessoas querem soluções para terem qualidade de vida. É a eficiência com a eficácia.
Em contrapartida, os convênios médicos também querem soluções que resolvam o problema do paciente com mais eficiência e mais eficácia, atrelando a isso o baixo custo a este tratamento. E os médicos estão sendo pressionados tanto pelos pacientes, quanto pelos convênios médicos, quanto pelos seus próprios colegas médicos para a realização de tratamentos menos invasivos.
O mercado do manejo do controle da dor está trazendo tecnologias para agilizarem o ensinamento usando a tecnologia de realidade virtual e a inteligência artificial. Com a realidade virtual, o profissional pode usar um par de óculos de realidade virtual e realizar os procedimentos como se fosse no paciente vivo, e, se por acaso, fizer algum passo errado, o equipamento informa o erro e como deve corrigir, até que tenha o controle da técnica.
Com a Inteligência Artificial, aplicativos para serem usados durante as consultas médicas vão armazenando informações e conseguem ir construindo os melhores tratamentos para os pacientes, pois, através de um banco de dados do que está dando certo, ele vai direcionando o tratamento do próximo paciente de acordo com essa assertividade.
Os profissionais de saúde estão com esse olhar de se reinventarem para alcançarem um modelo mais moderno de atendimento. Essa atitude ajuda a transformar a vida das pessoas, com a construção do conhecimento para o ecossistema da dor.
A escola que vai propondo tal formação de conhecimento e tecnologia aos novos profissionais de saúde promove uma sociedade com mais qualidade de vida ao capacitar profissionais da saúde com a máxima qualificação, usando as melhores e mais modernas técnicas de atendimentos e tratamentos para os pacientes com dor. É trabalhar com empatia, com seu conhecimento, com as melhores e mais modernas técnicas e a tecnologia a favor.
LÚCIO HOTT é neurocirurgião com atuação na área da dor.
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