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TRIBUNA LIVRE

Disciplina e controle das emoções

Jornal A Tribuna | 09/04/2022, 11:45 h | Atualizado em 09/04/2022, 11:45
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


É muito difícil blindar as decisões de investimento das emoções e das variações de preço dos ativos. As oscilações dos ativos são naturais. É bom lembrar que, no início deste ano, o cenário era catastrófico. A maioria dos seres racionais adapta suas crenças às evidências do momento. Somente uma pequena parcela consegue se manter convicta a uma quase irracionalidade, não se deixando levar pela maré.

Contra vários prognósticos há poucos meses, o Ibovespa encerrou março em +6,1%, acumulando ganhos de +15% no primeiro trimestre de 2022,em reais, e impressionantes +35% em dólares. Para explicar melhor a disciplina e o controle das emoções, lanço mão do mercado financeiro com o esporte profissional. 

Tanto em um quanto em outro, não se entregar completamente às emoções é um processo de autoconhecimento dos vitoriosos. No primeiro Grand Slam do ano, Rafael Nadal ganhou o seu 21º Slam, tornando-se o maior vencedor da categoria, batendo nomes como Novak Djokovic e Roger Federer.

Contudo, chamo atenção para o fato de que, na final do Australia Open, Nadal ficou dois sets atrás no placar, em que chegou a ter 4% de probabilidade de vitória, cuja partida durou 5 horas e 24 minutos. Qualquer outro se entregaria à evidência clara da derrota. 

Mas Nadal, com uma convicção irracional da sua vitória, fez o oposto. Controlou sua mente, não quebrou raquete nem gritou com o juiz de cadeira. Se manteve convicto, focado e animado nos momentos de altos e baixos e confiante com o seu talento.

Nadal se manteve concentrado naquilo que estava sob seu controle: o jogo. E ponto após ponto, foi virando as probabilidades a seu favor. Isso quer dizer que gerenciar as emoções e o lado psicológico é fundamental para atingir o sucesso.

Não é porque a ação está caindo que significa necessariamente que devemos vender. Se está caindo significa que devemos reavaliar nossa tese e cenário, mas não que devemos vendê-la. Da mesma forma, não devemos ficar animados quando uma ação está subindo, nem comprar mais por essa razão.

A maioria de nós faz exatamente isso, combinamos nossa convicção com os dados correntes. Nadal fez o contrário e é uma lição para quem persegue a grandeza. O investidor e escritor Morgan Housel diz que “os maiores ganhos ocorrem com pouca frequência, seja porque não acontecem sempre, seja porque precisam de tempo para crescer. 

Portanto, a pessoa com margem suficiente para imprevistos em uma parte da estratégia (dinheiro) que lhe permita sobreviver às dificuldades de outra parte (ações) tem vantagem sobre a pessoa que perde tudo quando comete um único erro”. 

O equilíbrio emocional vem da experiência, nos acertos e erros, mas, acima de tudo, da disciplina e no respeito ao processo. Na vida, nos investimentos e nos esportes somos constantemente testados, mas com bons métodos, disciplina e controle das emoções podemos alcançar ótimos resultados.

THIAGO GOULART  é educador financeiro

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