Condomínios precisam se reconectar com a natureza
Leitores do Jornal A Tribuna
O modo de vida da sociedade contemporânea e a escassez cada vez maior de espaços verdes nos centros urbanos contribuiu, nos últimos anos, para a diminuição do contato das pessoas com o ambiente natural. Durante a pandemia da covid-19, entretanto, muitos de nós, isolados em nossas próprias residências, passamos a dar mais valor a uma caminhada ao ar livre, ao mergulho no mar ou na lagoa e até mesmo ao banho de sol.
O momento fez despertar o desejo de um futuro mais conectado à natureza e de um estilo de vida mais saudável e sustentável, que prioriza reutilizar e reciclar sempre que possível. E isso tem impactado o jeito de morar.
A busca por casas, em condomínios fechados, cresceu exatamente para expandir a sensação de liberdade que nos foi tirada durante a pandemia. Uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, em setembro, mostrou que 80% dos entrevistados que buscam empreendimento para morar tinha o meio ambiente entre as prioridades, sendo indispensável que o imóvel tivesse sacada e áreas verdes.
Condomínios fechados de casas são espaços com soluções sustentáveis e tecnológicas ao mesmo tempo, que possibilitam maior integração entre pessoas e natureza, bem como uma opção de vida mais equilibrada e segura.
O ambiente mais calmo estimula a concentração para trabalhar em home office. Os condomínios passaram a oferecer estruturas completas para o trabalho, com espaços para reuniões e internet de alta velocidade, em meio ao silêncio e cantos dos pássaros.
Os idealizadores desses espaços também visam incentivar a prática de exercícios ao ar livre, com trilhas ecológicas, lagos para apreciar ou pescar. Academia aberta e quadras poliesportivas seguem a tendência do mercado.
Agora vem a questão: é possível montar toda essa estrutura sem causar impactos ao meio ambiente? Sim! Com o uso de tecnologia avançada, o tratamento de esgoto muitas vezes é feito com biodigestor, que decompõe a matéria orgânica sem necessidade de fossa ou sumidouro. O resultado é a devolução da água com mais de 90% de pureza para o meio ambiente, não causando danos à qualidade dos rios.
A energia também tem menor impacto quando captada por placa solar. Todas essas características são um prato cheio para investidores, que mudaram seu perfil de compra com a pandemia. Quem investia em imóveis, como apartamentos, salas e lojas comerciais, se voltou para investimentos em lotes de condomínios fechados.
O mercado segue em ascensão, inclusive no Espírito Santo. Desde a compra do lote, quando o condomínio ainda está em construção, até a obra finalizada, com toda a estrutura e comodidade em funcionamento, é possível obter até 100% de lucro na venda do mesmo terreno. São oportunidades que se moldam à nova realidade de viver, morar e investir.
LEANDRO CUNHA é engenheiro, diretor de negócios e especialista em Incorporação e Negócios Imobiliários.
SUGERIMOS PARA VOCÊ:
Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna