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TRIBUNA LIVRE

Comunidades cristãs e a vivência da fraternidade ecumênica

| 09/02/2021, 10:03 h | Atualizado em 09/02/2021, 10:09
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


Após um período de penosas controvérsias e recíprocas condenações, devido às reformas do século 16, começou a tomar corpo, no século passado, no Ocidente, uma discreta atividade ecumênica de inspiração anglicana. Era uma resposta à Oração Sacerdotal de Jesus, na última ceia, em que pedia ao Pai, nos derradeiros momentos de sua vida terrena, a união de todos os seus discípulos, que, ao longo dos tempos e gerações, teriam se colocados no seu seguimento.

Em 1908, o reverendo Paulo Wattson, da Igreja Episcopal nos Estados Unidos, convocou os cristãos a orar para reconstruir a unidade da Igreja, implementando o Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.

O apóstolo Paulo, na primeira carta aos Coríntios, mais de uma vez, exorta os membros de sua comunidade a vencer a tentação das divisões: “Irmãos, eu lhes peço em nome de nosso Senhor Jesus Cristo: vivam todos em harmonia, sem divisões entre vocês. Sejam unidos no mesmo modo de pensar e no mesmo propósito” (1, 10; 11, 18; 12, 25).

É evidente o testemunho negativo que os que creem em Cristo oferecem ao mundo por causa de suas divisões, que tiveram dois momentos importantes.

Em 1054, Miguel Cerulário, patriarca de Constantinopla, a Roma do Oriente, se separou da Igreja de Roma. Martinho Lutero, na Alemanha, em 1517, e Enrico 8º, na Inglaterra (1534), estiveram na origem das Igrejas Protestantes.

Em todas as partes do mundo, o Espírito Santo sopra poderosamente para reconstruir a unidade perdida do corpo de Cristo, que é a Igreja. Um passo gigante foi dado pelo Concílio Vaticano 2º (1962-1965), em que a Igreja Católica, no documento “Unitatis Redintegratio” (Reconstruir a Unidade), fez uma clara e definitiva opção a favor do ecumenismo, cuja finalidade é somar as riquezas espirituais das diversas tradições do Oriente e do Ocidente, tendo em vista a proclamação de um único Evangelho.

Papa Francisco, na Suécia, em 2017, inaugurou o 5º Centenário da Reforma Luterana. Neste encontro, o papa convocou todas as comunidades cristãs a implementarem a “Revolução da Ternura” e na comemoração do 70º aniversário da fundação do Conselho Mundial das Igrejas (1948-2018), em Genebra (Suíça), propôs às igrejas cristãs dar um passo concreto para avançar no caminho da unidade, na verdade e na caridade, à espera da vinda do Senhor.

No Brasil, graças ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, temos uma notável experiência de colaboração fraterna entre a Igreja Católica e outras sete igrejas de tradição protestante. Numa sociedade marcada por valores materiais e mundanos, as igrejas cristãs são chamadas a dar juntas um forte testemunho de Cristo e dos valores do Reino, que ele veio fundar.

A Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano representa uma oportunidade preciosa para as comunidades cristãs ensaiarem a vivência do mandamento de Jesus: “Que todos sejam um”. E renovar o compromisso de estar ao lado das categorias mais pobres e marginalizadas da nossa sociedade, hipócrita e idolátrica.
ERNESTO ASCIONE é padre e vigário cooperador na Paróquia São José Operário, na Serra.

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