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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Como educar nos tempos atuais?

Pare de comprovar ao seu filho seu cansaço, seu esforço, suas batalhas

Beatriz Montenegro* | 03/11/2022, 07:16 h | Atualizado em 03/11/2022, 07:18

Que o mundo mudou, ninguém discorda. Ainda mais nesse  tempo que vivemos. Decisões políticas que dividem uma nação e consequentemente, muitas famílias...

Enquanto tudo acontece no mundo lá fora, no interior da família, dúvidas sobre como educar, por qual caminho seguir, são latentes e tiram o sono de muitos pais.

Antes de trazer caminhos possíveis, sugiro uma reflexão essencial. Imagine que você atua em uma grande empresa e que o seu setor será totalmente reformulado, nada do que você fazia será igual.

A empresa garante que ninguém ficará sem emprego, porém todos terão de se adaptar, terão de  se reinventar. A empresa deixa a critério de cada pessoa ficar ou sair, qual é sua decisão?

Segundos estudos e dados da OMS o Brasil se mantém na posição do país mais ansioso do mundo, o 3º mais depressivo e Burnout (esgotamento por conta de excesso de trabalho), é apresentado por 18% da população.

Diante destes dois cenários, você consegue compreender a necessidade de educarmos de forma diferente os nossos filhos?

Na cena que pedi para você imaginar, ela reflete exatamente o que os nossos filhos nos propõem, é um convite imenso, uma grande oportunidade de nos entregarmos ao novo, de ressignificarmos a nossa história, a partir da criação deles.

Nos dados atuais, refletimos o quanto a educação tradicional, patriarcal e autoritária, trouxe consequências para a nossa sociedade. O que fazer?

Em primeiro lugar, volte a essência, retome a conexão, o amor. Somos seres humanos, somos seres amorosos e bondosos por essência, se observarmos a criança ela é a pura conexão com suas necessidades e com o amor. 

Resgate a escuta. Escutar é diferente de ouvir e é uma habilidade humana e comportamental essencial nos dias de hoje. 

 Nem sempre vamos escutar o que concordamos, ou o que queremos, mas podemos refletir, e estabelecer  diálogo que seja colaborativo, que tenha como propósito a troca e não a competição.  

Pare de comprovar ao seu filho seu cansaço, seu esforço, suas batalhas. Apenas acolha o que ele te conta e assim desenvolva a empatia.

Quando chegamos em casa após um dia de serviço, provavelmente estaremos cansados e desejando paz e silêncio; porém na contrapartida nossos filhos passaram o dia todo aguardando este momento, querendo um abraço, querendo atenção e também devem estar cansados.

Quando uma mãe, um pai, escuta: “Hoje meu dia não foi bom, hoje estou cansado, hoje o dia foi chato...” No automático a tendência é competir com aquela colocação: “Você não sabe o que é um dia ruim, você não imagina o que é um dia chato, você cansado? Só brincou!”. 

Neste automático competimos com os nossos filhos e não acolhemos o nosso cansaço e o deles, a mudança está em: “Também estou cansado hoje, o que foi chato, como você lidou com a chatice, eu lido desta forma...” Neste caminho construo troca, relação, e desenvolvo com meu filho inúmeras habilidades humanas e comportamentais.

Ouvir um novo caminho, pode parecer utópico e pouco acessível, eu garanto que ele é possível e o futuro da humanidade se encontra aqui. Não digo que é fácil, mas extremamente possível. 

BEATRIZ MONTENEGRO é pedagoga, neuropsicopedagoga e educadora parental.

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