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TRIBUNA LIVRE

Abuso sexual infantil e os sinais que ajudam a romper o silêncio

Coluna foi publicada nesta terça-feira (12)

Raniely B. Schmidt | 12/12/2023, 11:23 h | Atualizado em 12/12/2023, 11:25
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          Imagem ilustrativa da imagem Abuso sexual infantil e os sinais que ajudam a romper o silêncio
O abuso sexual infantil é uma triste realidade que cresce, configurando-se como um sério problema de saúde pública |  Foto: Canva

O abuso sexual infantil é uma triste realidade que cresce, configurando-se como um sério problema de saúde pública. Um boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde em maio deste ano, apontou que 202.948 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes foram notificados em sete anos, de 2015 a 2021, no Brasil. Foram cerca de 80 casos por dia no período.

E só nos primeiros quatro meses de 2023, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) registrou aumento alarmante de 68% nas denúncias de violações sexuais contra crianças e adolescentes, totalizando mais de 17 mil casos, conforme dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Os efeitos desses abusos são profundos, manifestando-se como um crime silencioso e devastador. Apesar de sua natureza muitas vezes insidiosa, o abuso deixa rastros e evidências que devem ser interpretados por pais, professores, familiares e amigos. Todos devem estar atentos aos sinais.

Comportamentos atípicos, mudanças abruptas de hábitos, queda no desempenho escolar, perda de apetite e isolamento social podem ser indícios de que algo está errado na vida da criança ou do adolescente. Esses sinais não devem ser subestimados, pois podem apontar para um possível abuso sexual.

Além dos aspectos comportamentais, é crucial observar alterações biológicas, como as relacionadas ao sistema urinário. A presença de sintomas como enurese (xixi na cama), infecções urinárias recorrentes, urgência urinária, incontinência urinária e alteração na frequência urinária deve ser abordada com extrema seriedade. A comunicação aberta e confiável entre pais, responsáveis e crianças é fundamental para identificar esses sinais precocemente.

Neste contexto, ressalta-se o papel vital de especialistas, como pediatras, urologistas, nefrologistas pediátricos e ginecologistas, na detecção dessas formas de violência. Muitas vezes, esses profissionais são os primeiros a quem os pais recorrem em busca de auxílio, tornando sua sensibilidade e habilidade diagnóstica essenciais para a identificação e intervenção eficaz nos casos de abuso sexual.

Entretanto, tão crucial quanto identificar é prevenir esse tipo de violência. A responsabilidade recai não apenas sobre os profissionais de saúde, mas também sobre a família e a escola, que desempenham papéis fundamentais na educação preventiva. As crianças precisam ser educadas para compreender quando e quem pode tocar suas partes íntimas, distinguir entre contatos físicos apropriados e inapropriados, e estar aptas a se protegerem em diversas situações, inclusive denunciando qualquer toque inadequado em seus órgãos genitais.

O combate ao abuso sexual infantil demanda esforço conjunto da sociedade, dos profissionais de saúde, das instituições educacionais e das famílias. Somente com a conscientização, detecção precoce e ações preventivas podemos esperar criar um ambiente seguro para as crianças, promovendo, assim, o seu desenvolvimento saudável e livre de traumas.

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