A luta contra a obesidade e a hora de optar pela bariátrica
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (28)
Leitores do Jornal A Tribuna
Paralelamente aos estudos que associam a obesidade a diversas doenças graves, as estimativas apontam para uma realidade preocupante a médio e longo prazos. Até 2035, quatro a cada 10 adultos brasileiros (41%) poderão sofrer com obesidade, segundo o Atlas Mundial da Obesidade. Trata-se de uma condição que compromete a saúde, a qualidade de vida e a autoestima, e a jornada de quem sofre com o problema não é fácil mediante a tantos agravantes.
As opções de tratamentos variam entre medicamentos, passando pela mudança de estilo de vida com dietas e prática regular de atividade física, até as cirurgias bariátricas. Muitos pacientes veem o procedimento cirúrgico como a solução que traz resultados mais imediatos e eficazes. Mas qual é o momento ideal para fazer uma cirurgia bariátrica?
Primeiramente, é importante destacar que a obesidade deve ser combatida antes mesmo dela se manifestar. Por ser uma comorbidade que pode se desenvolver já na primeira infância, independente de histórico familiar, os hábitos e a forma com que um indivíduo lida com a alimentação e os cuidados com seu corpo serão determinantes.
Quando a obesidade já começa a dar sinais por meio do sobrepeso corporal ou acúmulo de gordura abdominal, o problema não deve ser ignorado e é preciso repensar os hábitos, fazer renúncias e estar disposto a fazer mudanças significativas que impeçam que essa condição atinja níveis mais graves. É grande a incidência de indivíduos obesos, alguns em tratamento, outros nada fazendo em prol da saúde e outros já sofrendo com doenças causadas pelo excesso de peso.
A cirurgia bariátrica desponta como uma solução eficaz, principalmente quando os tratamentos anteriores não apresentaram os resultados esperados. Felizmente, os avanços da medicina permitiram um grande aprimoramento dessa técnica cirúrgica e hoje os procedimentos são bem menos invasivos. Graças aos recursos da robótica, a cirurgia apresenta vantagens, como menos dor no pós-operatório (já que as incisões são menores), recuperação mais rápida e o paciente demora menos tempo para se recuperar e retomar as suas atividades. Muitos casos apontam a bariátrica como opção mais recomendada, mas é preciso estar ciente que não se trata de uma solução isolada e não dispensa cuidados e comprometimento.
Perder peso envolve mudança de hábitos, renúncias e, acima de tudo, a urgência em entender que não existem resultados milagrosos. Muitos confundem a evolução da medicina com alternativas imediatistas, mas o sucesso do tratamento não depende só do médico ou da técnica utilizada, por mais inovadora que ela seja.
A bariátrica ajuda a combater não só a obesidade, como as doenças agravadas pelo excesso de peso. Estar disposto a se submeter a esse tratamento é um passo importante nessa luta, mas faz-se necessário um comprometimento legítimo e decisivo para que os resultados se mantenham e uma vida com mais saúde seja uma realidade constante do pós-operatório.
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