A cidade que temos e a cidade que queremos
Leitores do Jornal A Tribuna
Uma boa reflexão sobre o tema pode começar respondendo a seguinte pergunta: qual a cidade que temos?
No Brasil, temos 5.570 municípios, muitos com crescimento desordenado, trazendo problemas como: esgoto não tratado, lixões, trânsito caótico, falta de iluminação e segurança, transporte público ineficiente, baixo rendimento e evasão escolar e saúde não funcional, entre outros.
Em números absolutos, considerando o aumento populacional no País, em 2019, segundo o
IBGE, o Brasil tinha 13,6 milhões de pessoas classificadas como extremamente pobres, cerca de 100 mil a mais do que no ano anterior, o que é considerado estatisticamente como uma estabilidade.
Com 78 municípios, o Espírito Santo, conforme Indicador de Ambiente de Negócios (IAN) divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (IDEIES), no ano passado, possui o desafio de recuperar o potencial econômico no pós-pandemia, principalmente se tiver um olhar especial para áreas como saúde educação e segurança. O Brasil continua sendo um país pobre, com abismos sociais, baixa renda per capita, enorme desigualdade social e elevada criminalidade.
No campo político, após ter vencido quatro eleições presidenciais, o governo esquerdista deixou como herança um setor estatal patrimonialista, inchado, ineficiente, com distorções na distribuição de renda agravadas por concessões a grupos corporativos e um legado de esquemas de corrupção que prejudicaram investimentos do governo e de suas empresas estatais.
Por outra perspectiva, esgotada por esse esquema, a população elegeu um candidato conservador, que se apresentou como o oposto de qualquer coisa ligada à esquerda e com a promessa de resgatar a ética pública, combater a corrupção, desmontar os esquemas corporativos e fazer um governo oposto ao que ele mesmo chamou de “a velha política”.
Ocorre que, vivendo o presente, conectando-se às redes sociais, aos telejornais ou até mesmo abrindo a janela de casa, verifica-se que o cidadão está hesitante em compreender os postulados da confiança.
Ainda nessa semana, durante a realização de palestra num fórum empreendedor, tive a oportunidade de perguntar aos participantes: “Qual a cidade que queremos”? As respostas foram surpreendentes. Destaco, aqui, pelo menos um exemplo, 60% dos participantes responderam: a cidade que queremos passa por ambiente de negócios favorável ao empreendedor.
Ações como identificar problemas e lutar para solucioná-los; enfrentar todo e qualquer tipo de discriminação; reduzir custos, equilibrar o sistema tributário e melhorar a qualidade dos gastos públicos, transparência; planejamento urbano e infraestrutura.
Por fim, garantir o básico para todos, pensando no bem comum e no crescimento sustentável de toda sociedade.
TIAGO MARTINS é gestor do Instituto CidadeES
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