Você realmente conhece o seu cliente? Um desafio para 2025
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Enquanto advogado, quando escrevo um texto, preciso organizar minhas percepções sobre um assunto de forma clara, organizada e persuasiva. Mas, acima de tudo, é essencial que o texto gere valor para o leitor.
Isso significa que, ao escrever, meu foco deve estar voltado para quem vai ler. De nada adianta um texto original, bem estruturado e persuasivo, se ele não render qualquer benefício, reflexão ou informação útil para o público ao qual se destina.
Para isso, é necessário fazer a seguinte reflexão: eu realmente conheço meu leitor? O que faria alguém, sem obrigação, dedicar tempo à leitura deste texto?
Essa lógica também se aplica ao mundo dos negócios. Assim como, ao escrever um texto, precisamos conhecer o leitor, no contexto empresarial, o foco central deve ser o cliente. Este texto, portanto, busca dialogar e gerar valor não apenas para aqueles que escrevem, mas especialmente para quem vende produtos ou serviços, sejam empresários, prestadores de serviços em geral ou advogados.
Pois bem, os mercados estão cada vez mais competitivos. Clientes têm acesso a uma infinidade de informações e mais opções para comprar ou contratar. Em meio a esse cenário, quem conseguirá conquistar e reter o cliente?
Um exemplo ajudará na resposta. De acordo com a Kantar, o McDonald's é hoje a marca mais consumida entre os brasileiros.
Será que o Méqui vende tanto porque tem o melhor hambúrguer? Para muitos, o “melhor” pode significar um hambúrguer artesanal, com ingredientes premium e sabores exclusivos. Mas o sucesso do McDonald's não está em ter o melhor hambúrguer – e nem é esse o objetivo.
A chave está em entender profundamente o que os clientes querem. Não que qualidade e preço não importem, mas o fator decisivo é oferecer exatamente o que o cliente valoriza. E o Méqui sabe exatamente onde seus clientes enxergam valor.
Agora, reflita: quanto você, empresário, sabe sobre o público que consome seus produtos ou serviços? Por que ele escolheu sua empresa? E os que deixaram de ser seus clientes, por que o fizeram?
Você, advogado, conhece as reais necessidades dos seus clientes? Entende o negócio deles o suficiente para oferecer soluções eficazes e personalizadas? Tem atuado como verdadeiro parceiro comercial?
No fim das contas, não será o produto mais sofisticado, o preço mais baixo ou a marca mais conhecida que necessariamente vão atrair o cliente. O diferencial está em colocar o cliente no centro das operações, oferecendo algo que realmente agregue valor.
É preciso conhecer o cliente tão bem quanto o próprio produto ou serviço. Afinal, não é você quem decide para onde o mercado vai, mas o mercado que define para onde você deve ir.
Ainda que este texto talvez não seja o mais claro, coeso, bonito ou poético que você já tenha lido, espero que ele tenha sido capaz de gerar valor para você, leitor. Se assim for, terá cumprido seu objetivo. E que, no próximo ano, você possa enxergar o seu negócio sob a perspectiva de quem realmente importa: o seu cliente.